Adalberto Costa e Camalata Numa querem render Samakuva

Adalberto Costa e Camalata Numa querem render Samakuva

Segundo o que uma fonte familiarizada com o assunto avançou aOPAÍS, o actual presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, Adalberto Costa Júnior, e o deputado e general na reforma Abílio Camalata Numa são apontados como tendo manifestado o interesse em render Samakuva na liderança da UNITA. A fonte avançou que entre estes dois “pesos pesados” , Adalberto Costa é um nome a ter conta, fruto da simpatia que goza junto dos membros do Comité Permanente da Comissão Política (CPCP), órgão decisório do partido, e de uma nata de intelectuais.

Nascido no município do Chinjenje, no Huambo, Adalberto foi um quadro de extrema confiança de Jonas Savimbi, tendo-o nomeado representante da UNITA em Portugal e na Itália. Já o general Camalata Numa, um quadro de larga experiência no campo militar e político, tendo chegado ao cargo de secretário-geral do partido, em 2008, a sua pretensão de dirigir a UNITA não é nova. Inconformado com a permanência de Samakuva na liderança da UNITA depois de terminar os seus dois mandatos, Numa volta a concorrer e contará com o apoio dos ex-militares. Aliás, além da popularidade entre os antigos combatentes das FALA, antigo braço armado da UNITA, Numa, de acordo com a fonte, goza também de muita simpatia no seio dos militantes, razão que o leva a concorrer pela segunda vez, depois de ter perdido para Samakuva no último Congresso.

Numa “versus” Samakuva

Em breve contacto mantido com este jornal, o general Camalata disse ser muito cedo para falar sobre este assunto, mas alertou que se o presidente Samakuva voltar a candidatar-se, ele também não hesitará em fazê-lo. “ Estamos ainda em Janeiro, mas de princípio, se o Presidente Samakuva volta a candidatar-se, eu serei candidato sem pensar”, resumiu, sem mais pormenores. Esforços envidados por este jornal para contactar Adalberto Costa Júnior redundaram em fracasso.

Até Janeiro do ano passado, Rafael Massanga Savimbi, actual secretário-geral adjunto da UNITA, e filho de Jonas Savimbi, era citado como sendo o candidato de Isaías Samkuva. Em privado e em público, este jovem político nascido em Angola, mas educado no Togo, nunca escondeu o desejo de vir a tornar-se presidente desta força política fundada em 1966, no Moxico. A primeira projecção para a longa caminhada que se pretende foi a indicação por Samakuva para secretário para a Mobilização Urbana, tendo depois passado a secretário-geral adjunto do partido, cargo que ocupa até à data.