SiC na Huíla incinera 400 kg de medicamentos por caducidade

SiC na Huíla incinera 400 kg de medicamentos por caducidade

POR: João Katombela, na Huíla

Deste trabalho de fiscalização resultou a apreensão de cerca de 400 quilogramas de medicamentos diversos que estavam a ser comercializados em locais impróprios e por pessoas não certificadas, com destaque para os mercados paralelos de João de Almeida, Rio Nangombe e Mutundo. A par dos medicamentos, a referida operação permitiu ainda o confisco de 290 caixas de fermento de marca Royal e 26 caixas de soja no Supermercado Marivel por apresentarem também data de validade vencidas.

No mesmo período, foram também apreendidas dez caixas de gasosa Sprite que foram igualmente incineradas na manhã de ontem, Sexta- feira, no aterro sanitário do Luyovo, arredores da cidade do Lubango. De acordo ao porta-voz do Serviço de Investigação Criminal na província da Huíla, Sebastião Vika, a apreensão destes produtos, só foi possível graças a denúncias dos consumidores. Sem adiantar os valores, explicou que para além da retenção dos produtos que estavam a ser comercializados em locais impróprios e fora do prazo de validade, foi igualmente aplicada uma multa aos infractores. “Nós tomamos as medidas que a lei orienta relativamente a este caso. Trata-se de contravenções, portanto, abre-se o expediente e em rigor tem estado a resultar na aplicação de multas” disse. No que toca aos medicamentos, o porta-voz do SIC disse que, estes também são de origem duvidosa, daí a necessidade de serem retirados do mercado, para o bem da saúde pública.

Aterro sanitário a céu aberto

O único aterro sanitário da cidade do Lubango localiza-se na localidade do Luyovo, junto ao bairro com o mesmo nome, e a deposição de resíduos sólidos de várias origens naquele bairro constitui um atentado à saúde pública. Durante o processo de incineração dos produtos com data de validade vencida, a nossa equipa de reportagem flagrou um grupo de pessoas, maioritariamente mulheres e crianças, que recolhiam alguns materiais para a sua subsistência. Entre os materiais recolhidos por estas pessoas, destacam-se garrafas de plástico e metais, que, segundo um morador, podem ser comercializados.