Associação das indústrias de bebidas quer impostos mais flexíveis

Associação das indústrias de bebidas quer impostos mais flexíveis

Em face da implementação de novos impostos, AIBA expressa, em comunicado, as suas preocupações sobre o impacto negativo que o Imposto Especial de Consumo (IEC) vai ter em toda a indústria que a associação representa. “A AIBA foi surpreendida pelo facto de não ter sido envolvida de forma efectiva na discussão deste novo imposto, bem como outras associações empresariais. A efectivação desta medida constitui um choque para o sector já fragilizado com a questão de divisas e com uma quebra muito forte no consumo devido à inflação e redução do poder de compra da população”, escreve a associação.

Acrescenta que a aplicação do IEC a bens de consumo corrente como a cerveja e os refrigerantes só vai resultar em aumentos de preços destes produtos, prejudicando ainda mais as populações, mas também as empresas que os produzem, pondo em risco muitos milhares de empregos. A AIBA entende que o país vive um momento difícil diz os seus membros estão conscientes do esforço necessário para sair e retomar o crescimento, mas defende que “o caminho deve ser o de criar empregos e não de os pôr ainda mais em risco. A crise já levou à perda de mais de 5.000 empregos no sector nos últimos anos. Não devemos aumentar ainda mais esse número dramático com este novo imposto”, acautela.

Na nota, a associação refere ainda que a indústria das bebidas é das que mais investiu e se desenvolveu, representando a materialização de uma das maiores plataformas para a exportação, bem como uma alavanca impulsionadora do desenvolvimento dos sectores adjacentes nas áreas de logística, embalamento, agricultura e produção própria de matérias-primas. Este sector deve por conseguinte ser apoiado num momento de crise como aquele que vivemos e não fustigado com medidas penalizadoras. “Somos de opinião que todas as empresas devem ser obrigadas a aderir (e não apenas os grandes contribuintes), por forma a equalizar condições para todos os operadores e não agudizar o ambiente de concorrência desleal que hoje existe. A AIBA está hoje em condições de trabalhar com a AGT, no sentido de reverter rapidamente esta situação”, lê-se.