Primeiro leilão de diamantes rende 16, 7 milhões de dólares

Primeiro leilão de diamantes rende 16, 7 milhões de dólares

Organizado pela SODIAM EP, este leilão contemplou a venda de um lote de sete pedras especiais, provenientes da Sociedade Mineira do Lulo, com peso de 43,25 a 114,94 quilates. Entre elas, destaque para uma com 46 quilates, denominada “pink” ou pedra rosa. O modelo escolhido para a sua realização foi o de um “leilão por concurso” – normalmente designado por Tender, no qual as empresas participantes apresentaram as suas licitações em modelo fechado, por se tratar de um modelo que permite obter maior valor para as pedras em leilão.

As licitações foram feitas online, numa plataforma electrónica criada e desenvolvida para a SODIAM para o efeito (www.sodiamsales. com), em que as empresas participantes se registaram previamente. Segundo apuramos, participaram no leilão 31 empresas, provenientes de oito países, designadamente Angola, Bélgica, Emirados Árabes Unidos, Índia, Estados Unidos da América, África do Sul, Israel e China. O montante total arrecadado com este primeiro leilão foi de 16.696.696,27 milhões de dólares. De acordo com um comunicado tornado público ontem, as empresas vencedoras com as maiores licitações foram a Arslanian Group DMCC, Blue Glacier Diamonds, Kapu Gems, Shree Ramkrishna Export Pvt Ltd, M.B.D. BVDA, Julius Klein Group.

O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Pedro Azevedo, sublinhou a importância deste 1º Leilão de Diamantes Brutos, ressaltando também o momento histórico que a iniciativa representa para o país. “Os resultados obtidos deixam o Governo, o ministério e todas as entidades envolvidas deveras satisfeitas. Quer pelo resultado obtido, quer pela forma eficiente, profissional e transparente em que assentou todo o processo”, revela o governante. Por seu lado, o presidente do Conselho de Administração da SODIAM, Eugénio Bravo da Rosa, disse que este primeiro passo não poderia ter corrido melhor, atendendo o curto espaço de tempo em que foi preparado.

“O primeiro leilão de diamantes brutos em Angola, realizado pela SODIAM em estreita articulação com o MIREMPET, a ENDIAMA, a Sociedade Mineira do Lulo e a sua accionista Lucapa Diamonds, foi um sucesso. Quer em termos do resultado financeiro obtido, quer da adesão das empresas e dos players que participaram, quer ainda pela imagem de eficiência e transparência que projectou do nosso país”, afirmou. Já o presidente da ENDIAMA, José Ganga Júnior, que participou neste leilão enquanto concessionária e enquanto accionista da Sociedade Mineira do Lulo, sublinhou que “este leilão simboliza para nós um inequívoco sinal de abertura de Angola aos investidores. Stephen Wetherall, CEO da Lucapa Diamonds, accionista de referência da Sociedade Mineira do Lulo, congratula-se com o resultado obtido, sobretudo porque “os preços oferecidos pelo grande número de players internacionais que participaram neste histórico leilão em Angola reflectem o verdadeiro valor dos diamantes da Sociedade Mineira do Lulo.

O valor adicional obtido neste leilão resulta das principais reformas que estão a ser eficazmente implementadas em Angola no domínio da comercialização de diamantes. Esperamos ansiosos pela oportunidade de participarmos na realização de outros leilões, ao longo deste ano, para os quais traremos mais diamantes excepcionais do Lulo, ao abrigo da nova lei e do novo regulamento de comercialização de diamantes, cuja implementação está a ser feita de forma exemplar”. Recorde-se que o 1º Leilão de Diamantes Brutos em Angola foi apresentado publicamente em Luanda no dia 28 de Janeiro, pelo ministro dos Recursos Naturais e Petróleos, numa cerimónia organizada pela SODIAM.

Na ocasião, Diamantino Pedro Azevedo salientou o facto de a Política de Comercialização de Diamantes e o Regulamento Técnico de Comercialização de Diamantes – os instrumentos jurídicos que tornaram possível a realização deste leilão nos termos definidos para o efeito – terem sido “orgulhosamente pensados, debatidos e elaborados por uma Comissão Técnica, composta totalmente por gestores e quadros nacionais, das principais entidades intervenientes neste processo (MIREMPET, SODIAM, ENDIAMA e Comissão do Processo Kimberley), que trabalharam com afinco, de modo a aferir as melhores práticas e os mais eficazes modelos de compra e venda de diamantes”.