Fórum empresarial:Angolanos e Franceses falam de negócios em Luanda

Fórum empresarial:Angolanos e Franceses falam de  negócios em Luanda

Dezoito grandes empresas francesas visitam Angola nos dias 5 e seis de Fevereiro, segundo uma nota informativa da embaixada de França. Visando fundamentalmente o contacto com empresários angolanos e com o Executivo, em busca de oportunidades de negócio, a A visita organizar-se-á em três momentos principais, com dois encontros com a imprensa: Na Terça-feira, 5 de Fevereiro, o ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e social, Manuel José Nunes Júnior, abrirá o Fórum Empresarial França-Angola num auditório de um hotel de Luanda, às 14h30.

A abertura oficial do fórum, segundo a nota da embaixada francesa, será seguida por uma conferência de imprensa às 15h45. A organização deste encontro é da responsabilidade ao Clube dos Empresários França-Angola (CEFA), em conjunto com o MEDEF International, a Embaixada da França, a Business France, e conta ainda com a participação de organizações patronais angolanas, como a Confederação de Empresários de Angola (CEA), a Associação dos Industriais de Angola (AIA), o LIDE e a Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA). As empresas que enviam representantes a Angola distribuem- se por diversos sectores, como são os casos da logística, assistência médica, equipamento ferroviário, finanças, petróleo e para-petróleo, agro-alimentar e construção civil, sendo chefiada, a delegação francesa, pelo Senhor Patrice Fonlladosa, presidente do Comité Africa do MEDEF e presidente do Conselho de Administração da Veolia Africa & Middle East e pelo senhor Jean- Jacques Lestrade, presidente do Conselho de Líderes Empresariais França-África Austral e vice- presidente do Conselho de Supervisão da Ponticelli Frères.

Encontros com o executivo

Na Quarta-feira, 6 de Fevereiro, de manhã, a delegação será recebida por vários representantes do Estado, como José de Lima Massano, governador do Banco Nacional de Angola; Cruz Lima, secretário de Estado para o sector da Aviação Civil, Marítimo e Portuário; João Baptista Borges, ministro da Energia e Águas; e Sérgio Luther Rescova, governador provincial de Luanda.

Inauguração da fábrica Dimapão

Ainda na Quarta-feira, às 12h00, a empresa francesa Le Comptoir de l’Export, o MEDEF International, e a Embaixada da França irão organizar a inauguração da Dimapão, citada como sendo uma inovadora fábrica de pão, na Rua Senado da Câmara (n.º 85, no Km14 em Viana). Este empreendimento, a Dimapão, é apontado como sendo um exemplo de importante de investimentos privados franceses na área da indústria alimentar. A inauguração deve caber à ministra angolana da Indústria, Bernarda Martins Henrique da Silva e ao embaixador da França, Sylvain Itté. Le Comptoir de l’Export é uma empresa francesa especializada na produção e na venda de produtos alimentares que emprega cerca de 400 pessoas em Angola. Essa nova fábrica tem uma capacidade de produção de 180 000 pães redondos por dia e, asseguram os promotores, com qualidade garantida.

Investimentos para produção local

“A maior dependência de um país é a importação”, disse o Presidente angolano aquando da sua visita a França em Junho do ano passado. João Lourenço fez estas declarações numa visita de campo à cooperativa agrícola Arterris, localizada em Toulouse, Sul de França. Na ocasião, o Presidente da República, preocupado com o aumento da produção alimentar em Angola, enalteceu os feitos alcançados pelos agricultores franceses, tendo-se comprometido a trabalhar para que o país alcance a mesma organização. “Um país é Independente quando come aquilo que produz. A maior dependência é importar comida”, afirmou o Titular do Poder do Executivo. Por isso, referiu, os países, quanto mais organizados e industrializados estão, mais apostam no sector agrícola.

O Titular do Poder Executivo orientou, na ocasião, o ministro da Agricultura, a implementar medidas de modo a que país atinja níveis altos neste domínio. Segundo Frederico Crespo, membro da associação dos empresários franceses em Angola, na ocasião, a Agência Francesa de Investimento disponibilizou 100 milhões de euros para investimentos em Angola. Nesta senda, o responsável garantiu que vários empresários gauleses investiriam em Angola. Explicou que a criação de cooperativas pode ser uma solução para o desenvolvimento da agricultura em Angola. Por isso recomendou que os agricultores angolanos se unam, de modo a que não sejam somente os grandes agricultores a conseguirem alcançar bons resultados.