Álvaro Sobrinho volta a atacar mesmo depois de desmentido

Álvaro Sobrinho volta a atacar mesmo depois de desmentido

O ex-presidente do Banco Espirito Santo Angola (BESA) voltou a acusar os accionistas angolanos de serem os principais devedores da falida instituição, a par do Grupo Espírito Santo.

O homem que Ricardo Salgado escolheu para liderar o Banco Espírito Santo Angola (BESA) e que desde 2013 tem sido responsabilizado pela falência do banco, falou pela primeira vez em Portugal sobre a sua gestão e sobre o colapso daquele banco angolano. Em entrevista à Visão, Álvaro Sobrinho afirmou que os portugueses foram vítimas de um plano maior montado pelos accionistas angolanos do BESA – com a conivência do Banco Nacional de Angola – para tomarem de assalto, em 2014, o ex-BESA, que se transformou em Banco Económico.

O ex-banqueiro afirma que foram retirados aos portugueses mais de 3 mil milhões de euros. Accionistas desafiam Sobrinho Em comunicado de imprensa a que OPAÍS teve acesso, logo após a primeira entrevista dada por este ex-banqueiro à Televisão Pública de Angola, no ano passado, os accionistas do ex- BESA consideram falsas e caluniosas as afirmações de Álvaro Sobrinho e instam a intervenção do Banco Nacional de Angola e da PGR, de modo a se esclarecer o contraditório.

Os accionistas alegam que os erros de Álvaro Sobrinho na gestão do antigo banco e “os dinheiros que para si retirou”, estiveram na base da falência daquela instituição financeira. Por exemplo, “ao citar o engenheiro António Paulo Kassoma como tendo intervenção, naquela altura (20013 – 2014) na qualidade de Secretário-Geral do MPLA, Álvaro Sobrinho sabia que estava a mentir, porquanto o engenheiro António Paulo Kassoma apenas ascendeu a esse cargo em 2016 na sequência do VII Congresso Ordinário do MPLA”, afirmam.