Os militares dos Estados Unidos estão preparados para proteger instalações e funcionários diplomáticos na Venezuela se necessário, disse o almirante norte-americano a cargo das forças dos EUA na América do Sul nesta Quinta-feira.
“Estamos preparados para proteger instalações e funcionários diplomáticos dos EUA se necessário”, disse o almirante Craig Faller, chefe do Comando Sul dos EUA, durante uma audiência do Comité de Serviços Armados do Senado. O almirante não deu detalhes sobre como os militares norte-americanos poderiam reagir. O colapso da Venezuela sob o Governo do Presidente Nicolás Maduro vem obrigando nações de todo o mundo a posicionar-se, particularmente depois de o líder opositor Juan Guaidó se ter declarado presidente no mês passado.
O país está mergulhado na pobreza e cerca de 3 milhões de pessoas fugiram para o exterior. Grandes nações da União Europeia fizeram coro aos EUA, Canadá e um grupo de países latino-americanos, incluindo o Brasil, e reconheceram Guaidó como governante interino legítimo da nação sul-americana. O almirante Faller disse que a Venezuela tem cerca de dois mil generais e que a maioria deles é leal a Maduro por causa da riqueza que acumularam com o tráfico de drogas e os rendimentos do petróleo e de empresas.
Ainda assim, observou, os soldados rasos estão a passar fome, “como a população” da Venezuela. “O governo legítimo do presidente Guaidó ofereceu amnistia e um lugar para as forças militares, a maior parte da qual achamos que seria leal à Constituição, não a um ditador”, disse Faller. Ele acrescentou que os militares venezuelanos estão debilitados.