MPLA em Benguela apresenta hoje a sua agenda política

MPLA em Benguela apresenta hoje a sua agenda política

POR: Constantino Eduardo, em Benguela

As estratégias do partido que suporta o poder por estas paragens estão a ser afinadas tendo em vista as primeiras eleições autárquicas. As bases, de acordo com membros do MPLA, estão bem assentes, facto que permitirá aos camaradas conquistar a simpatia de muitos munícipes, quando se derem as eleições locais. Na manhã de Sexta-feira, 8, na sala de reuniões do partido, esteve reunido o Comité Provincial do MPLA na sua quarta reunião extraordinária, tendo-se debruçado sobre a realização do VII Congresso Extraordinário do Partido, da realização da IV Conferência extraordinária do partido, sob presidência do 1º secretário provincial, Rui Falcão Pinto de Andrade, e contou com a presença de Carlos Maria da Silva Feijó, membro do Bureau Político do Comité Central e coordenador do Grupo de Acompanhamento à província de Benguela. Os Membros do comité provincial aprovaram, por unanimidade, a moção de apoio “ao camarada João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República e do MPLA”, tendo sido apreciado e aprovado, entre outros documentos, o programa do partido e a composição dos órgãos de apoio.

Partidos correm para as autarquias

A corrida para as autarquias parece já ter começado, tal é a preocupação das principais forças políticas que, nesta altura, munem-se de argumentos que os permitirão, em 2020, convencer o eleitorado. A UNITA, que parte com o máximo da sua força, garante estar a promover uma série de acções de formação aos seus quadros, no sentido de obter um número considerável de votos capazes para controlar as cidades estratégicas, designadamente Benguela e Lobito. Em entrevista a O PAÍS, o deputado Alberto Ngalanela, a quem cabe a direcção política da UNITA em Benguela, prometera socorrer-se de todos os argumentos possíveis para não ser ultrapassado pelo MPLA.

Em entrevista a uma rádio local, o secretário para informação e propaganda do comité provincial do partido, David Luciano Nahenda, sublinhou que hoje, tendo em vista as eleições autárquicas, o objectivo de cada um dos partidos políticos é afinar “as baterias” para uma corrida que está praticamente às portas. “As autarquias é um dos pontos principais”. Deixando subjacente a ideia de que a máquina está afinada, daí que se afigurem prioritárias. Na CASA-CE, desde que Francisco Viena bateu com a porta, as coisas não vão nada bem. Segundo um militante daquela agremiação contactado pelo O PAÍS, que não se quis identificar, a “frontalidade do secretário demissionário”, impunha respeito a outras forças políticas. “Não acredito que podemos contar com a CASA-CE”, vaticina.