Espaço Luanda Arte representa Angola na VII Edição da Feira de Arte na África do Sul

Espaço Luanda Arte representa Angola na VII Edição da Feira de Arte na África do Sul

O ELA – Espaço Luanda Arte representará o país na VII Edição da Feira de Arte Investec Cape Town, África do Sul, um dos maiores eventos de arte do continente africano. O certame, organizado pela Investec Cape Town Art Fair, será realizado entre os dias 15 e 17 deste mês no Centro Internacional de Convenções da Cidade do Cabo (CTICC) e contará com a participação de mais 100 galerias e expositores africanos. Dominick A Maia Tanner, fundador do ELA, disse a OPAÍS que a galeria angolana estará presente com dois espaços: o primeiro A14, localizado na secção principal, com obras inéditas dos mestres António Ole, Francisco Van Dú-Nem Van e Kapela Paulo, e como artista emergente Uólofe Griot.

O segundo espaço é o Angola AIR, de artista em residência (F3), o programa de residências internacionais, com a série de fotografia ´La Bella de Luanda´ da Artista do Canada/ Haiti de nome Émilie Regnier. Este é o segundo regresso do ELA – Espaço Luanda Arte à Cidade do Cabo, onde esteve em 2017 com uma mostra a solo de Kapela Paulo. Dominick A Maia Tanner referiu igualmente que a proposta do ELA aproxima os trabalhos de três mestres vivos e um artista emergente, recriando, depois das feiras de Joanesburgo e Paris, um diálogo inter-geracional no espaço e no tempo entre artistas residentes em Angola. Já em relação ao trabalho de Émilie Regnier, uma artista não-angolana, o especialista em arte contemporânea realçou que o mesmo “incide uma luz especial e uma narrativa única de quem vem aparentemente de fora, mas de quem verdadeiramente explora o que de melhor se pode documentar nas ruas, nos bairros e nos mercados de Luanda”.

Trata-se de trabalhos que revelam Angola para Cape Town, e de Cape Town para o Mundo com qualidade, coerência e consistência, para desconstruir a imagem estereotipada e por vezes errada que Angola tem no sector, de forma a criar novos públicos, criar uma vontade saudável e sustentável de adquirir arte angolana contemporânea”. A directora da feira, Laura Vincenti, estima que cerca de 18.000 visitantes, entre coleccionadores, galerias, curadores, artistas e jornalistas de todo o mundo passem pela cidade-mãe para ver o trabalho que representa a vanguarda da arte contemporânea. Acredita-se que esta iniciativa poderá atrair “mais galerias internacionais e mais galerias do continente africano”.