Operação Transparência: Mais de 450 mil estrangeiros ilegais abandonam o país

Operação Transparência: Mais de 450 mil estrangeiros ilegais abandonam o país

O Conselho de Segurança Nacional recomendou a continuidade da Operação Transparência, que de Setembro de 2018 até a presente data, forçou o abandono do território nacional a 453 mil 22 cidadãos estrangeiros ilegais. A informação consta do comunicado da primeira sessão ordinária do Conselho de Segurança Nacional realizada terça-feira sob a orientação do Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, João Lourenço.
O Conselho considera terem sido atingidas as metas traçadas mediante a implementação das medidas multissectoriais previstas no Plano Estratégico Operacional do Executivo para o Combate à Imigração Ilegal e Tráfico Ilícito de Diamantes.
O conclave analisou informações prestadas pelo Tenente-General Américo Valente, Coordenador do Posto de Coordenação Avançado da Operação Transparência, no período de Setembro de 2018 a Fevereiro de 2019.
O documento esclarece que dos 453 mil e 22 cidadãos estrangeiros que abandonaram o país, 35 mil 784 foram repatriados administrativamente, 416 mil 496 abandonaram voluntariamente e 842 foram transferidos para Luanda, a fim de serem repatriados para os seus países de origem.
Indica que foram encerradas 159 Cooperativas e 289 Casas que se dedicavam a compra ilícita de diamantes e apreendidas elevadas somas monetárias.
A nota explica que foram apreendidos 34 mil 480 quilates em diamante e 121 mil 783 Pedras Preciosas, bem como 178 retroescavadoras, 30 máquinas pás-carregadora, 40 buldózeres, 18 máquinas niveladoras, 11 tractores agrícolas, 346 viaturas ligeiras e pesadas, 481 motorizadas e 31 bicicletas.
Incluem-se também 123 dragas, 87 lavarias, 511 motobombas, 16 jangadas, 98 botes pneumáticos, 15 detectores de diamantes, 128 compressores de ar, 248 balanças, 155 geradores, 214 cofres, 160 contentores e 114 armas de fogo.
As acções levadas a cabo no âmbito da Operação Transparência continuam a forçar a retirada de cidadãos envolvidos na prática do garimpo, que em virtude da mesma alteraram o seu modus operandi, actuando em pequenas bolsas e em locais de difícil acesso.
No período em referência, lê-se na nota, os Órgãos do Sistema de Segurança Nacional procederam à desarticulação e expulsão de garimpeiros nacionais e estrangeiros, nas províncias de Malanje, Uíge, Lunda Norte, Lunda Sul, Cuanza Sul, Bié e Cuando Cubango.
As acções da Operação Transparência foram estendidas, a posterior, às províncias de Luanda, Bengo, Zaire e para o mar, devido a saída de um elevado número de imigrantes das áreas de incidência diamantífera, para as capitais de províncias, onde não se faziam sentir os efeitos da Operação, bem como pelo facto, de haver indícios de actividades ilícitas nas águas territoriais.
Descreve ter contado com o apoio de quatro aeronaves da Força Aérea Nacional para o transporte de imigrantes ilegais e das forças envolvidas na Operação, tendo sido realizados mais de 580 voos, que consumiram perto de 650 mil litros de combustível do tipo JET A-1.