“O Estado da Cultura na Província do Cunene” será debatido esta semana, em colóquio, em Ondjiva, capital daquela província, numa iniciativa do Movimento Cultural local. Segundo o coordenador, Hamilton Venokanya, a conferência estará dividida em dois painéis e juntará antropólogos, sociólogos, juristas, agentes culturais e outras entidades, terá como palco a Mediateca Dr. António Didalelwa.
O coordenador adiantou que no primeiro painel dedicado aos “Desafios do Gabinete Provincial do Turismo, Cultura e Desportos”, prelectores e conferencistas farão uma abordagem mais ampla em torno dos desafios do sector para o fomento cultural ao nível da província, entre outros aspectos associados. O objectivo é debater de forma progressiva e crítica, imbuídos no espírito do bem comum. O segundo tema, concentrar-se-á na abordagem e discussão sobre “ O Papel da Cultura na Diminuição da Delinquência Juvenil, com a prelecção de João Neunga. Este painel, culminará com o debate à volta do empreendedorismo cultural, a ser proferido pelo economista Miguel Lony, onde pretende- se lançar as bases, para maior e melhor aposta no desenvolvimento cultural da província, quer na perspectiva académica, quer como manifestação cultural.
É um desafio, envolve a participação de todos por uma província cada vez mais activa e capaz de atrair investidores e artistas. Questionado quanto à sua percepção sobre o estado da Cultura na província, Hamilton Venokanya, referiu que está mal, situação que leva à realização do presente colóquio, para debater de forma progressiva e crítica, imbuídos no espírito do bem comum. O interlocutor realçou que do ponto de vista institucional, a Cultura na província do Cunene quase não existe.
Falta de tudo um pouco, desde os espaços aos apoios para a materialização de várias actividades culturais. Já no que diz respeio a manifestações recordou que a cultura ainda é tímida por falta de investimentos e incentivos institucionais. A título de exemplo, referiu-se ao Movimento Cultural do Cunene que para pôr as em prática as acções, tem sobrevivido de apoios de Luanda.