“fraco desempenho de candidatos às Universidades deve-se a problemas conjunturais”

“fraco desempenho de candidatos às Universidades deve-se a problemas conjunturais”

O secretário de Estado da Educação para o Ensino Técnico Profissional, Jesus Baptista, declarou ontem, em Luanda, que “o elevado índice de reprovações nos exames de acesso às universidades, recentemente realizados nas instituições públicas e privadas, deve-se a problemas conjunturais”.

Em declarações à imprensa, à margem do “Seminário sobre matéria de Educação votado a jornalistas”, o governante declarou que não podem ser atribuídas responsabilidades apenas à formação anterior (Ensino Médio), uma vez que muitos estudantes acarretam deficiências dos Ensinos Primários e Secundários.

Por outro lado, considerou que a qualificação dos professores bem como a melhoria das infra-estruturas que albergam os estudantes também constam da lista de obstáculos a serem ultrapassados.

“Se nós tivermos uma base sólida no Ensino Primário, acredito que os níveis subsequentes não terão problemas, nem tão pouco o Ensino Superior”, sublinhou. Por esta razão, está a ser preparado um vasto programa voltado à superação e capacitação dos professores, fundamentalmente para os professores do Ensino Primário uma vez que a temática constitui uma das maiores preocupações do Executivo.

Apesar de existir falta de verbas, deve-se ter a educação como prioridade na qual todos devem estar engajados, nomeadamente não só aqueles que trabalham directamente no sector, mas o Estado, as famílias, as comunidades da qual também fazem parte os jornalistas.

Sobre o assunto, realçou ser de crucial importância a participação dos encarregados de educação durante o percurso escolar, o que, de certa forma, também tem contribuído para o insucesso escolar. Importa realçar que para ter acesso ao Ensino Superior os candidatos devem ter uma nota mínima de 10 valores nos exames de aptidão, tanto nas escolas públicas como privadas. Para os cursos cujas vagas não foram preenchidas, há possibilidade de os candidatos serem submetidos a uma segunda avaliação para a obtenção da média exigida.

Jornalistas chamados a contribuírem para o desenvolvimento do sector Atendo-se à máxima de que o “jornalista é um agente da Educação”, o secretário de Estado da Educação para o Ensino Técnico Profissional, Jesus Baptista, reiterou que profissionais da comunicação social são parceiros do Ministério da Educação (MED), tendo em conta a sua nobre missão de materializar o direito de informar para formar.

Por esta razão, considera ser de crucial importância que os mesmos conheçam pormenores sobre a estrutura orgânica do órgão de tutela, como está organizado e a função que cada membro desempenha, bem como capacitá-los sobre os diplomas legais que envolvem o sector, nomeadamente a Lei de Bases do Sistema de Educação (nº 17/16, de 7 de Outubro).

Dotá-los, assim, de ferramentas que lhes possam dar maior sustentabilidade na abordagem e no tratamento das suas matérias. Durante o encontro que reuniu mais de 20 profissionais da Comunicação Social (dentre os quais da rádio, televisão e imprensa), numa das salas do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), os formandos foram também actualizados sobre a relação do MED e os demais integrantes do aparelho do Estado, de acordo com o artigo 59º do diploma que rege o sector, assim como as novas designações das instituições de ensino.