Preço do barril de petróleo em queda na primeira semana de Março

Preço do barril de petróleo em queda na primeira semana de Março

Cerca de três meses após a aprovação do Orçamento Geral do Estado (OGE), o barril de petróleo do tipo Brent, referencia para as exportações de Angola, ainda não atingiu o preço desejado. É que, depois da tendência de alta em Fevereiro, mês que chegou a ser comercializado a 67 dólares e 12 cêntimos, no dia 22 do referido mês, agora segue em sentido descendente.

Na sessão de vendas de 4 de Março, por exemplo, o barril era vendido por 65 dólares e 33 cêntimos. Quanto à tendência actual, analistas sempre acreditaram na subida da matériaprima, no entanto, acautelando que seria de forma moderada e levaria algum tempo até chegar aos 70 dólares.

Não colocam de parte a tendência volátil do também conhecido “ouro negro” tendo em atenção as conjunturas políticas de alguns países produtores que, tanto podem influenciar para a alta dos preços, assim como para a redução.

Na sua abordagem, o economista Silvestre Francisco começa por dizer que o facto de o petróleo ter chegado aos 60 dólares é assinalável, uma vez que esteve a ser comercializado a perto dos 40 dólares.

Refere que “ o preço do barril de petróleo flutua entre os 60 dólares devido aos desafios do futuro que passa pela utilização de mais gás que petróleo. Até Portugal está a apostar no gás”, disse, acrescentando que é um momento para se esquecer já o petróleo, tendo em atenção a tendência do mercado.

Importa referir que antes dos cortes dos países da OPEP, incluindo Angola, que vigora desde Janeiro, o preço do barril de petróleo no mercado mundial variava entre os 49 aos 50 dólares.

A subida do preço do barril do petróleo é o desafio da Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP), e tarda a satisfazer as expectativas dos seus membros. Lembre-se que no OGE 2019 Angola definiu como preço de referência para o barril de petróleo 68 dólares, que poderá ser revisto ainda este mês, conforme promessas de Manuel Nunes Júnior, o ministro de Estado para o Desenvolvimento Economico e Social.