Angola reconhece caminho das soluções inovadoras para desafios ambientais

Angola reconhece caminho das soluções inovadoras para desafios ambientais

A governante, que apresentou condolências em nome do Estado angolano e do Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço pelas vítimas do voo da Ethiopian Airlines que se despenhou e em que morreram 157 pessoas, no dia 10 deste mês, ressaltou que o encontro significa resposta “aos enormes desafios para um mundo melhor em que cada país ou organização, até mesmo instituições, estão limitados”. Paula Coelho acredita mesmo que as abordagens e decisões a serem tomadas durante esta Quarta Sessão da Assembleia das Nações para o Ambiente permitirão a orientação de diferentes abordagens e pontos de vista sobre a maneira “como administramos as nossas vidas, para fortalecer a redução da pobreza e promover a produção sustentável de alimentos, fazendo um uso melhor e mais eficiente de energia renovável, produtos químicos e gestão de resíduos”.

“Por meio de soluções inovadoras, todos juntos esperamos impulsionar a demanda por uma resposta rápida e mais rápida ao meio ambiente e aos desafios gerais enfrentados pelas nossas nações”, garantiu a ministra, acrescentando que “ o Plano Nacional de Desenvolvimento de Angola não está longe do que está a ser abordado aqui e concentra- se em grandes programas, incluindo mudanças climáticas, biodiversidade e áreas de conservação, gestão de resíduos e desenvolvimento sustentável para o período de 2018 a 2022”.

Por outro lado, a governante, que chefia a delegação angolana, integrada pelo embaixador e representante permanente na ONU em Nairobi, Sianga Abílio, directores, técnicos e consultores do Ministério do Ambiente, explicou que Angola tem apelado às indústrias para moderarem o uso de peles animais para roupas extravagantes em vez de ter estilos de moda e consciência mais sustentáveis. “Precisamos também garantir”, frisou Paula Coelho, as empresas que têm investido em práticas que não são amigas do ambiente, esperando que elas “analisem os impactos ambientais e garantam que a natureza seja conservada com todo o conhecimento que as nossas comunidades possuem em relação à natureza e à humanidade”. Segundo a governante, Angola aborda de forma inovadora a economia sustentável em três pilares para cooperativas e inclusão, o que levará ao desenvolvimento sustentável a nível nacional, e mostra que a perspectiva ambiental é integrada para garantir empregos e criar uma cadeia de valor.

“A transversalidade da questão ambiental, no contexto global, exige que o sector do Meio Ambiente se engaje na agenda nacional e internacional, e isso só é possível se houver elasticidade para reunir conhecimento e experiências”, salientou, solicitando às agências da ONU para trabalharem em conjunto no projecto KAZA, incluindo com o sector privado e a sociedade civil, não esquecendo as comunidades. Sob o tema “Soluções Inovadoras para Desafios Ambientais e Produção e Consumo Sustentáveis” , a UNEA -4 abordará desafios ambientais relacionados com a gestão dos recursos naturais, incluindo sistemas alimentares sustentáveis, segurança alimentar e travar a perda de biodiversidade.