Assim é quê mais?

Assim é quê mais?

Algumas cidades têm ícones bem famosos. A torre Eiffel, por exemplo, é Paris e nada mais. Ninguém confunde. Tal como a Estátua da Liberdade e Nova Iorque ou, neste caso um país, as pirâmides e o Egipto. Em Angola temos o Cristo Rei e o Lubango, mas parece que isso não agrada. Agora, quem chega ao Lubango encontra espalhados pela cidade uns touros de ferro, talvez a nova administração queira uma nova imagem para a cidade. A Huíla é terra de gado bovino, é verdade, mas não de touros de corrida (tourada), como algumas figuras sugerem. Estas coisas têm de ter um porquê, a não ser que o administrador seja escultor. Quem assina a obra? Houve concurso público ou consulta aos lubanguenses? Os guias turísticos e alunos da escola sabem explicar o que significa, o propósito, etc.? Querse promover o turismo gastronómico (carne), quer-se relembrar os bóeres que chegaram em carroças puxadas por bois? Celebrar o leilão de gado? A riqueza do povo mumuila, ou a de alguns fazendeiros? Ou apenas acabar com o Cristo Rei como ícone do Lubango? As nossas cidades precisam de arte nas ruas, mas arte mesmo, não de imitações do búfalo de Wall Strret, nem de um Ferdinado espanhol mal desenhado. A propósito, as esculturas foram oferecidas ou pagas? Mas temos administradores e governadores, ya!