Arrancou, ontem, em toda a orla marítima angolana, a “Operação Transparência no Mar” que vai contar com o auxílio da Força Aérea Nacional (FAN) que já dispõe de meios para facilitar o patrulhamento marítimo.
A Comissão multissectorial da referida Operação apresentou, ontem, em Luanda, todo o equipamento necessário, marítimo e aéreo, para combater a pesca ilegal, o comércio de recursos marinhos e o contrabando de combustível no mar. Segundo o porta-voz da Operação, comissário António Bernardo, a mesma visa reduzir todo o procedimento ilegal que se assistia na costa marítima angolana. “Pretendemos reduzir, o máximo possível, todo o tipo de procedimentos ilegais que até hoje se vinham cometendo nas nossas águas, nomeadamente o comércio ilegal”, disse.
Acrescentou que “nós temos estamos a tomar conhecimento de que há um avolumado número de pescadores nacionais e estrangeiros que se fazem ao mar sem o cumprimento das normas regulamentares estatuídas por lei”. Denunciou igualmente se ter registado a existência de elementos que têm feito do mar um local preferencial para o transbordo de grandes quantidades de combustível de forma ilegal. Reforçou ainda que o mar tem sido usado por algumas forças negativas para a migração ilegal, tráfico de drogas e também de seres humanos. A “Operação Transparência no Mar” tem como objectivo repor a segurança, a ordem e a tranquilidade ao longo da orla marítima angolana, segundo informou o responsável, ressaltando que a decisão resultou de uma análise feita em função dos incidentes que se têm registado na zona marítima angolana.
Estes incidentes resultam de situações de ordem política e económica de alguns países que constituem o Golfo da Guiné e têm incidido negativamente na costa angolana, ameaçando os interesses económicos e a segurança nacional. Esta operação vai durar 180 dias e a sua continuidade dependerá de uma avaliação a ser feita a 25 de Setembro deste ano. A mesma incidirá sobre as regiões de Cabinda, Soyo e Nzeto, compreendendo a zona A, no Norte, enquanto na zona B vai abranger Luanda, Cabo Ledo e o Porto Amboim. Na zona C, vai atingir o Porto Amboim, o Lobito, a Baía Farta, e a Lucira. Na zona D, parte da Lucira, passando por Moçâmedes, Tômbwa, até à Baia dos Tigres. A operaçãocontará com todos os órgãos de defesa e segurança, tendo em conta a especificidade de cada um, e inclui ainda o Instituto Marítimo Portuário de Angola, o Serviço Nacional de Fiscalização de Pesca e de Aquicultura e também o Serviço Nacional de Fiscalização Ambiental.