Ana Dias Lourenço quer serviços de prevenção da transmissão vertical nas comunidades

Ana Dias Lourenço quer serviços de prevenção da transmissão vertical nas comunidades

Apesar de considerar como positiva a visita de constatação dos serviços de Prevenção da Transmissão Vertical (PTV) ou do SIDA, ao Hospital Geral dos Cajueiros e na Maternidade Lucrécia Paim, a Primeira- dama da República, Ana Dias Lourenço, reconheceu que ainda há muito trabalho por fazer, ao ponto de realçar a necessidade de se aumentar a prestação deste tipo de serviços, de modo a estar mais perto das comunidades, principalmente na periferia. “A intenção é evitar que haja muita concentração de pessoas nas unidades hospitalares”, reforçou a líder da campanha Nascer Livre para Brilhar, um programa que visa reduzir consideravelmente o número de casos de contágio de VIH-SIDA de mãe para filho.

Visivelmente animada com o resultado do períplo que efectuou, durante a manhã de ontem, nas referidas unidades hospitalares, localizadas em Luanda, Ana Dias Lourenço lembrou o facto de haver pessoas voluntárias que estão disponíveis a apoiar a implementação do plano, conforme fez questão de citar os profissionais que vieram de outras províncias, técnicos do Instituto Nacional de Luta contra a SIDA e as esposas dos governadores, além de outros que abraçaram a campanha desde a primeira hora. A Primeira-dama disse que a digressão também resultou do facto de conseguirem olhar para os objectivos preconizados pelo plano, sob obrigação de vir ao terreno, a fim de ver como é que as coisas funcionam e como é que os serviços estão organizados, no âmbito da Prevenção da Transmissão Vertical.

À saída da Maternidade Lucrécia Paím, Ana Dias Lourenço encorajou as profissionais dessa unidade sanitária e recomendou-as a criar condições de trabalho e de acomodação das mulheres grávidas e parturientes. Por sua vez, Manuela Mendes, a directoria-geral da maternidade, considerou ser missão da sua classe cumprir com zelo e dedicação o compromisso de as crianças nascerem livres para brilhar, nos aspectos físicos e mentais. “Porque dez por cento das situações que correm mal, como atraso mental, dificuldade de aprendizagem e epilepsia são devido às ocorrências que acontecem durante o parto”, declarou a directora, tendo chamado a atenção dos presentes sobre a razão da responsabilidade dos médicos e enfermeiros na campanha.

Manuela Mendes garantiu ter registado com boa nota a recomendação da Primeira-dama, segundo a qual se devem melhorar os serviços materno-infantil e sobretudo os ligados à Prevenção de Transmissão Vertical, tendo-se gabado que ela e a sua equipa acabaram com as enchentes defronte à Maternidade Lucrécia Paím, porque se criou um paradigma em que todo o doente tem direito a um acompanhante, que o acompanha e apoia em todas as diligências. Segundo ela, estes oficiais de prestação de serviços imediatos estão uniformizados com camisolas com o timbre “Posso ajudar” e vão com as parturientes para a sala de pré-parto, de parto e pós-parto, até ao momento em que a paciente recebe a alta. Nos casos em que esta dinâmica não funciona desta maneira, normalmente o doente não solicitou ajuda, porque todo o pessoal está galvanizado a não proceder à exclusão ou discriminação de membros da família de parto.

Focos de visita

Nas maternidades do Hospital Geral dos Cajueiros e Lucrécia Paím, Ana Dias Lourenço e a sua equipa passaram pelas salas de pré, parto e pósparto, bem como por consultórios de obstetrícia, médico ginecologia, alto risco obstétrico, internamento de peso normal, baixo e de alojamento conjunto, além de hemoterapia- colheita e outras salas do sector materno-infantil. Os bancos de urgência e outras áreas de atendimento geral, onde a Primeira- dama, embaixadores e outros membros da comitiva procuraram momentos curtos para saudação e diálogos, não ficaram à margem dos visitantes.