USd 4 milhões para fábrica de processamento de carne na Zee

USd 4 milhões para fábrica de processamento de carne na Zee

Numa iniciativa da Mestre Akino, a unidade fabril está localizada na Zona Industrial de Viana e Bengo (ZEE), numa área de 870 metros quadrados e criou numa primeira fase mais de 50 postos de trabalho directos. Na ocasião, a ministra da Indústria Bernarda Martins disse que a referida unidade fabril vai contribuir para a redução da importação de enchidos, nomeadamente de carne e aumentar a produção local. Reconheceu que neste momento, a capacidade de produção no que diz respeito aos enchidos no país ainda é reduzida, por isso, apela aos empresários no sentido de investirem principalmente na produção da meteria- prima.

Quanto aos incentivos para investimento, avançou que o Governo criou uma série de iniciativas, tendo mencionado a aprovação de um decreto criado em Janeiro pelo Presidente da República, com vista a apoiar a produção nacional, ou seja, o produto produzido no país, como os enchidos, não será importado. A governante sublinhou ainda que outro incentivo tem a ver criação de programas de créditos para os empresários nacionais. A unidade criou 52 postos de trabalhos directos para os nacionais, que disse ser uma mais-valia o que vai permitir reduzir o desemprega no país.

Por sua vez, o administrador da Mestre Akino, Luís Nicássio informou que o valor de quatro milhões de dólares foi financiado no âmbito do extinto programa Angola Investe e outra parte pela promotora do investimento. Segundo o responsável, o projecto foi criado para responder ao apelo do Governo ao sector privado e também contribuir para o processo de diversificação da economia. O empresário disse que, numa primeira fase, a fábrica vai empregar mais de 50 trabalhadores directos, incluindo dois técnicos expatriados para a formação e espera aumentar a capacidade na próxima fase.

Dificuldade da matéria- prima

Na sua intervenção, Luís Nicássio realçou também que o maior problema da indústria de processamento de carnes no país está na escassez da matéria -prima. Referiu que a matéria-prima é proveniente de países como Portugal, Espanha e Brasil, mas ainda assim a empresa pretende incluir também alguns países da região como a África do Sul e o Zimbabwe, quer dizer, dos maiores produtores de carne na região austral do continente. Mas, para colmatar o deficit da matéria-prima, explicou que a empresa criou um projecto de suinicultura que está a ser desenvolvido na região de Massangano.

“Queremos, com a nossa actividade, estimular igualmente a produção nacional, visando a produção de matéria-prima no mercado interno”, disse ele, acrescentando: “num processo de substituição de importações que entendemos deve ser desenvolvido de forma progressiva”, ressaltou. Por outro lado, pediu também o apoio do Executivo no sentido de assegurar para que a unidade fabril produza em pleno, uma vez que a importação de carne de porco foi proibida recentemente pelas autoridades no quadro do programa de Apoio À Produção Nacional, E Substituição da Importações (PRODESI). “Gostaríamos que o Executivo nos apoiasse para que possamos produzir em pleno e contribuir para a diversificação da dieta alimentar no país”, disse.