Feira do Livro junta editores e livreiros no “Parque da Independência”

Feira do Livro junta editores e livreiros no “Parque da Independência”

O evento promovido pela Direcção Provincial da Cultura, decorrerá até Sábado, 27, vai permitir aos expositores, como a Plural Editores, Editora Redelivros, Texto Editora, Tchingapi, Árvore da Vida, e as livrarias Irmãs Paulinas, Outros Horizontes, Lusíadas, Mensagem e a Lello a comercializar os títulos patentes.

A feira conta ainda com a participação da União dos Escritores Angolanos, assim como editoras musicais, destacando-se a Stromp, Brincando com Alice, Sónia António Produções, Ndenguelandia, Lindomar Estúdios e a L.S Produções. Segundo o chefe do Departamento de Acção Social, Cultural Juventude e Desporto do Governo Provincial, Domingos Lopes, a feira vai ainda acolher um palco de animação cultural e uma conferência, com a participação de vários intervenientes, destacando-se o Director Nacional de Direitos de Autor do Ministério da Cultura, Barros Licença.

“Reunimo-nos aqui não só para expôr e vender livros, mas também para recfletirmos em torno da data. Haverá um palco de animação, conferências sobre a problemática do livro no país e o direito de autor, de modos a continuar a promover o livro e a leitura”, enfatizou.

O responsável avançou que a feira enquadra-se no projecto do Governo, que visa o incentivo à produção do livro e o gosto pela leitura. Por esta razão, convidou os citadinos a aderirem, por tratar-se de uma oportunidade para adquirirem livros, desde didácticos, literários e infantis.

“De modos a levar o livro ao cidadão, e, consequentemente, estimular o gosto pela leitura, temos realizado a feira em vários espaços da cidade capital, como em centros comerciais. Já realizamos também em vários municípios, como na Quiçama, Icolo e Bengo e Cacuaco”, salientou.

Importância da data

Para Domingos Lopes, o livro é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento das sociedades e o crescimento intelectual do indivíduo, pelo facto de neles serem registados os vários percursos feitos pela humanidade. “O livro é um companheiro de todas as horas, que nos ensina ainda a corrigir aquilo que não está bem. É tao importante como o alimento de cada dia. Se cada um de nós pudermos trocar um livro com o outro, estaríamos a trocar conhecimentos”, ressaltou.

Quanto aos direitos autorais, o responsável realçou que no nosso país, essa cultura ainda não é patente, por considerar que grande parte dos autores não olham ainda para os seus direitos, apenas anseiam o lucro imediato. “É um processo que o ministério desenvolve com a estrutura sã da legislação sobre os direitos autorais, e também no sentido de promover as instituições dos direitos autorais, como a Sociedade Angolana dos Direitos Autorais e a União Nacional dos Artistas e Compositores – Sociedade de Autores (UNACSA), e outras que possam surgir, no sentido de defender os direitos dos autores”, observou.

O responsável avançou que o ministério de tutela e órgãos afins produziram já uma legislação, cabendo agora aos autores e as entidades promotoras dos direitos autorais, a proceder o seu papel, em ir à busca dos direitos dos autores. “Eu o autor, você o editor, vamos trabalhar. O autor tem o direito conexo, que são inerentes à produção do livro, como a criação”, analisou.

A data

O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor é um evento comemorado todos os anos no dia 23 de Abril, e organizado pela UNESCO para promover o prazer da leitura, a publicação de livros e a protecção dos direitos autorais.

O dia foi criado na XXVIII Conferência Geral da UNESCO que ocorreu entre 25 de Outubro e 16 de Novembro de 1995. A data foi escolhida porque nesta época do ano em 1616 morreram Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Vega.

Além disto, nesta data, noutros anos, também nasceram ou morreram outros escritores importantes como Maurice Druon, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo. Todos os anos são organizados uma série de eventos ao redor do mundo para celebrar o dia.