Peskwanza pode encerrar as portas

Peskwanza pode encerrar as portas

Segundo o director-adjunto da Peskwanza, Januário Raul João, que falava à imprensa após uma visita de constatação efectuada recentemente pela ministra das Pescas e do Mar, Maria Antonieta Baptista, actualmente a empresa está sem embarcações, todas se encontram deterioradas. A Peskwanza contava com 14 barcos, dos quais sete de arrasto com capacidade de 250 toneladas cada um, cinco de mariscos diversos e duas de cerco, de 250 toneladas cada um.

Disse que a empresa começou a decair no ano 2000 e hoje atravessa uma situação muito crítica, do ponto de vista económico e financeiro, sem, contudo, avançar o valor necessário para colmatar os problemas. Os encargos administrativos e financeiros são suportados através do aluguer, a empresas privadas, das suas licenças de pesca, e que permite pagar salários aos 81 trabalhadores existentes, dos 400 que já teve. A Peskwanza necessita de túneis de congelação com capacidade de 15 toneladas, duas câmaras de conservação com capacidade de 150 toneladas, bombas de sucção de água salgada, para a lavagem do peixe, dois tanques, fábrica de gelo em escama, 7.5 toneladas e sitio de armazenamento de 15 toneladas.

Existe na empresa um programa de relançamento para a reparação da ponte cais, aquisição de novos barcos e de recuperação do complexo industrial, “mas por falta de meios financeiros não se consegue pôr em prática”. Por seu turno, a ministra prometeu tudo fazer para tirar a empresa do marasmo em que se encontra e levar as preocupações aos órgãos centrais, para se encontrar uma solução. A actividade principal da Peskwanza é a captura de pescado, transformação, conservação, produção de gelo e comercialização. Foi fundada em 1987 e tem a sua sede na cidade de Porto Amboim. A província do Cuanza-Sul possui 178 quilómetros lineares de orla marítima, 80 quilómetros dos quais no município do Porto-Amboim, com grandes potencialidades em pescado, crustáceos e moluscos.