Trabalhadores da Agrolider cruzam os braços

Trabalhadores da Agrolider cruzam os braços

Trabalhadores da empresa Novagrolider, que funcionam no perímetro Irrigado de Caxito, paralisaram ontem as suas actividades, exigindo da entidade patronal um aumento do salário mínimo de 16 para 30 mil Kwanzas Os grevistas acusam a empresa de não cumprir a promessa de melhoria das condições laborais e aumento salarial, situação que os levou a avançar para a greve por tempo indeterminado.

Ismael Daniel e Lopes Gonçalves, trabalhadores da empresa, afirmaram que os salários que auferem não satisfazem as necessidades das famílias e consideram o horário laboral pesado (07h 30 às 17h30), além da má alimentação. Por sua vez, o gerente da empresa Novagrolider, Hélder Cordeta, considerou a greve ilegal, por não cumprir as normas exigidas na lei, entre as quais as faltas de comunicação atempada à administração da empresa e de criação de uma comissão sindical.

Ainda assim, o responsável manifestou a disponibilidade de diálogo com os grevistas para ultrapassar a situação. Esclareceu que a empresa não tem salários em atraso com nenhum dos trabalhadores e que este mês será implementado o salário mínimo de 22 mil Kwanzas, de acordo com o estabelecido na lei. A Novagrolider é uma fazenda agrícola ligada à empresa Caxito Rega. A fazenda tem actualmente 700 trabalhadores que auferem o salário em função do seu escalão, que ronda entre os 16.500 Kwanzas (salário mínimo) até acima de 100 mil Kwanzas.