Total e Trafigura fornecem combustíveis ao mercado angolano

Total e Trafigura fornecem combustíveis ao mercado angolano

Com base nos resultados alcançados no concurso, de acordo com uma nota de imprensa da Sonangol, fica assegurado o fornecimento dos referidos produtos para os próximos 12 meses, medida que permitirá satisfazer as necessidades do mercado sem oscilações. Essas duas empresas foram seleccionadas num universo de nove concorrentes que apresentam as suas propostas, nomeadamente BB Energy, BP, ETS (ENI), Glencore, Gunvor, Litasco, Trafigura, Totsa (TOTAL) e Vitol.

As duas empresas foram seleccionadas por apresentarem as propostas economicamente mais vantajosas. No concurso lançado a 27 de Fevereiro de 2019 foram convidadas 29 empresas, incluindo as que actualmente fornecem os respectivos produtos, para se garantir a necessária competitividade e eficiência em termos de resultados: Aramco, Gunvor, AVIC International Beijing CO. Ltd, JX Nippon, BB-Energy, Litasco, BP, Mercuria, Cepsa, Monjasa, China Oil, 21 Phillips, Cosmo Oil, Reliance, DTS Group, Repsol, ETS (ENI), Sahara, Equinor, Saras, Essar (Nayara Energy), SK Energy, GALP, Totsa (TOTAL), Gemcorp, UNIPEC, Glencore, Vitol e GS Caltex. Na primeira semana do mês em curso (Maio), Luanda voltou a registar uma crise de falta de combustíveis, situação que levou a especulação do preço da gasolina em alguns pontos da cidade, dado que grande parte das bombas não tinham combustíveis, devido à rotura de stocks.

Como consequências da escassez de combustíveis em Luanda, o mercado informal entrou numa espiral especulativa, elevando o preço do litro da gasolina para 500 Kwanzas (mais três vezes que o preço oficial), com o bidão de 20 litros a ascender para entre cinco e oito mil Kwanzas, contra os 3 200 Kwanzas legalmente estabelecidos. Angola, apesar de ser o segundo maior produtor de petróleo da África Subshariana com 1,5 milhões de barris por dia, produz na Refinaria de Luanda, a única que possui, apenas 20 por cento dos derivados de petróleo que consome, importando os restantes 80 por cento. De acordo com números divulgados em Abril, no primeiro trimestre deste ano, a Sonangol gastou 221,4 milhões de dólares a importar produtos derivados do petróleo para suprir a procura do seu mercado interno, a uma média de 73,8 milhões de dólares por mês.