Entrega dos restos mortais de Savimbi passa para o Bié

Entrega dos restos mortais de Savimbi passa para o Bié

POR:Constantino Eduardo

Gonçalves Muandumba, fala dos passos até aqui dados que vão culminar com a entrega dos restos mortais do líder-fundador da UNITA, Jonas Savimbi, à família e à UNITA, mas repete que não será na sua região. Noutro momento, o homem que governa a maior província de Angola reclama contra a progressão das 20 ravinas que ameaçam o Luena, deficiências das vias para o escoamento de produtos e na distribuição de água, crédito aos jovens e refere-se a João Lourenço como aquele que imprimiu a “governação moderna” em Angola

Senhor Governador, estão criadas as condições para a entrega dos restos mortais de Jonas Savimbi à família e à UNITA?

Sobre essa questão, como sabe, há uma comissão que Sua Exª Sr. Presidente da República criou, coordenada pelo general Pedro Sebastião, que é o Chefe da Casa de Segurança do Presidente. Integram também familiares de Jonas Savimbi e também membros da direcção da UNITA. É esta comissão que está a trabalhar neste momento, e o Governo da Província faz parte desta comissão. Digamos, todas as informações estão concentradas nesta comissão. De qualquer modo, a nível da nossa província, que tem a responsabilidade da protecção do lugar onde estão depositados os restos mortais, está a ser feito. A exumação já foi feita. Neste preciso momento está uma equipa no cemitério (peritos, técnicos da Saúde) que estão a trabalhar no quadro da comissão com os familiares, para, definitivamente, colocarem os restos mortais na devida urna.

A parte do Governo da Província é mais uma parte documental, do ponto de vista sanitário, todas as licenças para transladação dos restos para outra província. Do nosso lado, estão cumpridas as formalidades. Há uma responsabilidade do governador de emitir toda a documentação legal neste sentido. A entrega não será feita cá no Moxico, será feita no Bié. Aqui vai-se fazer a transladação apenas…Portanto, neste ponto de vista, podemos dizer que estão criadas as condições, conforme está previsto, está acordado, no quadro da comissão com os familiares e com a direcção da UNITA.

A direcção da UNITA alega que alguns pontos não terão sido cumpridos por parte de alguns governos provinciais, em que o do Moxico se insere, relativamente ao apoio às exéquias. Como é que Governo do Moxico responde à esta alegação? Aqui, a boa vontade do Governo Angolano foi demonstrada desde sempre pelo Sr. Presidente da República, que criou uma comissão que integra familiares, integra a direcção da UNITA, um alto funcionário do Governo, que é chefe da Casa de Segurança, coordenando a comissão. Portanto, isso demonstra todo o engajamento, desde a Nação até à província do Moxico. Não há, neste sentido, nenhum problema, nenhum impedimento. O que tem que haver é o cumprimento escrupuloso daquilo que se aborda e se discute nas reuniões. Não pode uma pessoa na reunião dizer uma coisa e depois, lá fora, dizer outra.

A direcção da UNITA alega que alguns pontos não terão sido cumpridos por parte de alguns governos provinciais, em que o do Moxico se insere, relativamente ao apoio às exéquias. Como é que Governo do Moxico responde à esta alegação?

Aqui, a boa vontade do Governo Angolano foi demonstrada desde sempre pelo Sr. Presidente da República, que criou uma comissão que integra familiares, integra a direcção da UNITA, um alto funcionário do Governo, que é chefe da Casa de Segurança, coordenando a comissão. Portanto, isso demonstra todo o engajamento, desde a Nação até à província do Moxico. Não há, neste sentido, nenhum problema, nenhum impedimento. O que tem que haver é o cumprimento escrupuloso daquilo que se aborda e se discute nas reuniões. Não pode uma pessoa na reunião dizer uma coisa e depois, lá fora, dizer outra.

Terá havido isso?

Por isso é que convém que toda a informação válida é aquela que é dada, no quadro da comissão, pelo coordenador. São essas informações que serão credíveis, válidas, e elas são respaldadas em reuniões, onde a direcção da UNITA e os familiares do Dr. Savimbi participam. Portanto, é normal que numa altura destas haja algumas vontades, mas tem que ser dentro do quadro que está acordado nas reuniões e nem deve haver crispação, o Governo mostrou toda a abertura para facilitar este processo, que é a vontade da família, da direcção da UNITA, que o corpo saia daqui para o Bié, sua terra natal.