Angola quer acabar com a fome até 2030

Angola quer acabar com a fome até 2030

“Fome Zero” é a denominação de um projecto de desenvolvimento sustentável que está a ser implementado em Angola pela FAO, em parceria com o Governo angolano, com vista a acabar com a fome. De acordo com Guerda Barreto Cajina, representante da FAO em Angola, aquela organização tem um pacote financeiro avaliado em 15 milhões de dólares a serem investidos no país, neste ano, para, em colaboração com o Governo angolano e outros parceiros, apoiar políticas públicas, bem como trabalhar nas escolas de campo. “Seguimos a mobilizar maiores recursos para alcançar este objectivo, que é o de fome zero”, garantiu.

A representante FAO explicou que o objectivo é retirar 7 milhões de angolanos da insegurança alimentar nos próximos 11 anos. “Em 2030 a cifra da fome em Angola tem que ser zero”, afirmou. O projecto envolve diferentes sectores do país, entre os quais a Assembleia Nacional, que tem competência legislativa, segundo explicou, de aprovar instrumentos legais que melhorem o quadro da segurança alimentar. “Existe a lei de segurança alimentar e nutricional, que tem de ser trabalhada, e outras leis que são conexas, como a legislação em favor da Agricultura, Protecção Social, Alterações Climáticas e Nutrição”, disse.

A representante explicou, que uma das prioridades no momento é fortalecer o quadro normativo para alcançar a disponibilidade, consumo e utilização de alimentos, bem como estabilidade da produção de alimentos. Guerda Barreto Cajina explicou também que parte da metodologia da FAO, no âmbito do referido projecto, inclui a formação de quadros e troca de experiências. Dados da referida organização indicam que uma em cada nove pessoas no mundo é afectada pela fome. A FAO é uma agência especializada das Nações Unidas, cuja missão é construir um mundo de segurança alimentar para as gerações presentes e futuras. Os seus três objectivos são: a erradicação da fome, insegurança alimentar e desnutrição; a eliminação da pobreza e o alcance do progresso económico e social para todos; e a gestão sustentável e utilização dos recursos naturais, incluindo a terra, água, ar, clima e recursos genéticos em benefício das gerações presentes e futuras. A FAO estabeleceu a sua representação em Angola em 1982.