Bienal de Luanda reúne Unesco, UA e Angola em Paris

Bienal de Luanda reúne Unesco, UA e Angola em Paris

Durante o encontro, que contou igualmente com as participações dos ministros da Cultura do Congo Brazzaville, dos Camarões, do Mali e do Burkina Faso, Carolina Cerqueira reafirmou o compromisso de Angola em albergar o evento e deu a conhecer o estado de preparação dos aspectos logísticos, marketing e protocolar, tendo em conta que estão previstos convidados de alto nível de países africanos e da diáspora.

A ministra ressaltou a necessidade da comparticipação financeira da Unesco, através do angariamento de fundos e doações e outras formas de prestação de serviços, tendo em conta a actual conjuntura financeira que Angola atravessa. A celebração do Dia Internacional da Paz, a 21 de Setembro, em Benguela, será suportada pelo país hóspede, conforme deu a conhecer a ministra da Cultura, que recordou a experiência e o exemplo de Angola na Cultura da Paz. Na ocasião o director-geral adjunto da Unesco, Edouard Matoco, assegurou o engajamento da organização em organizar os fóruns de ideias e dos jovens, dois importantes eixos da Bienal 2019.

Carolina Cerqueira manteve igualmente um encontro com a Presidente da Conferência Geral da Unesco, Zohour Alaoui, com quem analisou a importância da realização da Bienal da Paz no actual contexto geopolítico mundial. A ministra aproveitou a oportunidade para falar sobre a campanha de moralização que decorre em Angola, envolvendo organismos institucionais, representantes da sociedade civil e religiosa, e destinada a promoção da educação para a paz, resgate dos valores familiares, morais e cívicos, num amplo movimento para uma boa e justa utilização dos recursos públicos, a defesa e conservação do bem comum e interesse nacional. Na ocasião, a diplomata marroquina reafirmou a importância da paz e do resgate de valores para o progresso e o desenvolvimento humano das nações.

Assistiram ao encontro o embaixador de Angola junto da Unesco, Sita José, e Enzo Fazzino, coordenador Internacional da Bienal. Numa co-organização do Governo angolano, Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (Unesco), o evento pretende envolver os países africanos numa corrente destinada à promoção de uma cultura de paz. Com a Bienal de Luanda, Angola quer promover também a harmonia e irmandade entre os povos através de actividades e manifestações culturais e cívicas, com a integração das elites africanas e representantes da sociedade civil, autoridades tradicionais e religiosas, assim como intelectuais, artistas e desportistas. Em cinco dias de actividades, Luanda será transformada num espaço de intercâmbio e de promoção da cultura africana, envolvendo individualidades ligadas às artes, política, sociedade, entre outros.