Sector privado nacional absorve maior volume de crédito

estabilidade da banca nacional está assegurada. É a conclusão a que chegaram os peritos em finanças. A informação consta no documento final da IV Reunião do Conselho Nacional de Estabilidade Financeira  ocorrida ontem, em Luanda, presidida pelo ministro das Finanças Archer Mangueira, onde foram analisados vários sectores da economia desde à banca, seguros entre outros assuntos.

De acordo com o documento conclusivo da reunião que decorreu durante quatro horas, a   tendência de crescimento  da banca é contínua, e advém dos resultados das operações cambiais e dos proveitos dos títulos, e valores mobiliários.

Quanto ao crédito, esclarece que o sector privado continua a absorver o maior volume, sobretudo nos sectores do comércio a grosso e a retalho, construção, mobiliário e outras actividades e serviços. O crédito vencido cifra-se em 28,2% e concentra-se nos sectores que mais beneficiam.

De acordo com o documento,  verifica-se uma evolução positiva do índice de estabilidade financeira, para a qual contribuirá a subsequente criação de um grupo de trabalho com a finalidade de introduzir no sistema financeiro as normas de contabilidade internacionais.

Quanto ao sector dos seguros, o ponto de situação sobre a actividade seguradora e de fundo de pensões foi apresentado na reunião pelo presidente do Conselho de Administração da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), Aguinaldo Jaime

Actualmente, o   mercado de seguros  tem 28 seguradoras licenciadas, sendo uma de capital público e as restantes de capitais privados, e o sector de mediação com registo de  55 correctores, dentre as quais 27 agentes de pessoal colectivo e 883 agentes de pessoas singulares.

PROPRIV

O   Programa de Privatizações em Bolsa está alinhado com o Programa de Desenvolvimento Nacional 2018-20228 (PROPRIV) também foi apresentado na reunião no  Relatório Preparação do Mercado de Capitais para implementação do (PROPRIV).

O referido  programa enquadra-se no âmbito da Reforma das Finanças Públicas, tendo em vista a promoção da estabilidade macro-económica.

No âmbito do PROPRIV, a CMC participou na concepção dos princípios e das linhas mestras orientadoras, na estruturação do programa e na preparação da revisão da Lei das Privatizações e irá apoiar o processo de implementação das privatizações em bolsa por via do registo das ofertas públicas.

A “IV Reunião Ordinária” foi presidida pelo ministro das Finanças e Coordenador do CNEF, Augusto Archer Mangueira, o governador do Banco Nacional de Angola e Coordenador Adjunto do CNEF, José de Lima Massano, Rui Mingués (Vice-Governador do BNA), Presidente do Conselho de Admisntração da ARSEG Aguinaldo Jaime, Jesus Teixeira (Administrador da ARSEG), Mário Gavião (PCA da CMC), Edna Cambinda (Administradora da CMC).

Entre vários temas destacaram-se  a cooperação entre os organismos supervisores, a revisão da Lei do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo, a preparação do Mercado de Capitais para a implementação do PROPRIV, a supervisão no sector dos Seguros e Fundos de Pensões e o Programa de Financiamento Ampliado do FMI para Angola.

CNEF com novo secretário

Ainda durante a reunião O Conselho Nacional de Estabilidade Financeira nomeou  um novo secretário executivo, cuja apreciação foi feita por todos os conselheiros.

O Conselho Nacional de Estabilidade Financeira convoca reuniões ordinárias trimestralmente e extraordinárias entre os seus membros permanentes, conselheiros e convidados que se revelem relevantes mediante a conjuntura nacional.

Enquanto órgão público de natureza consultiva, dotado de autonomia técnica e funcional, o CNEF tem a tarefa de definir e implementar mecanismos de promoção da estabilidade financeira e de prevenção de crises sistémicas no Sistema Financeiro Angolano.