O Executivo vai investir em projectos estruturantes e infra-estrutura digital

O Executivo vai investir em projectos estruturantes e infra-estrutura digital

A aposta do Executivo contínua em projectos estruturantes, com a criação da indústria e mercado de teledifusão, a estratégia de migração digital, as infra-estruturas, digital de banda larga nacional de transmissão de satélite no quadro do Angosat e os investimentos nos cabos submarinos referente ao projecto Angola Cables. De acordo com o vice-presidente da República, Bornito de Sousa Baltazar Diogo, o fórum acontece num momento em que se impõem cada vez mais a aplicação das novas tecnologias de informação e comunicação em todos os sectores da vida.

No que toca às iniciativas internacionais, destacou o fórum Smart Africa, em que o Executivo angolano assumiu a responsabilidade de transformar a Angotic no evento das Agendas e Temáticas de Transformação Digital posicionando como força motriz para acelerar o mercado único digital de África, isto sem esquecer a melhoria do ambiente de negocios, a modernização tecnológica dos serviços públicos e a massificação e inclusão digital, enquanto ferramentas indispensáveis à boa governação, a participação dos cidadãos do processo de decisão e o bem-estar económico e social.

O responsável ressaltou que o Executivo vai continuar a investir em projectos estruturantes, com a criação da indústria e mercado de teledifusão, e a estratégia de migração digital, a infra-estrutura digital de banda larga, a infra-estrutura nacional de transmissão de satélite no quadro do Angosat e os investimentos nos cabos submarinos referente ao projecto Angola Cables. Neste particular, foi inaugurada no último mês de Abril a ligação de cabo submarino entre Luanda e Fortaleza no Brasil e posteriormente para Miami nos EUA para a melhoria das comunicações nacionais e internacionais.

“Vamos continuar a promoção do desenvolvimento sustentável dos serviços de telecomunicação de uso público e a prorrogação das linhas orientadoras que permitam a longo e médio prazo dar satisfação às necessidades básicas da população, das empresas e demais utilizadores”, salientou. De acordo com o dirigente, o que se pretende encarar e vencer é o desafio da transformação digital, no âmbito da quarta revolução industrial com um elemento catalisador do desenvolvimento económico, em harmonia com os países da África Central e com o mundo em geral, evitando a exclusão de desenvolvimento do mundo digital tecnológico, internacionalização da indústria e globalização dos mercados. “Fruto dos investimentos públicos e privados ao longo dos anos, Angola já se destaca no contexto da África Subsariana com uma infraestrutura de telecomunicações que vêm crescendo, em termos de cobertura nacional e qualidade, capaz de constituir um relevante suporte para o mercado único digital em conformidade com a agenda”, fez saber.

Bornito de Sousa referiu que Angola está consciente dos desafios que ainda tem de vencer na luta contra a pobreza, bem como do efeito multiplicador dos investimentos nas TICS que desenvolvem a economia de qualquer país, com objectivo de alcançar a modernização administrativa e identificar soluções que visam desburocratizar o acesso aos serviços públicos foi criado o CEPE (portal de Serviços Públicos Electrónicos), como ferramenta integradora com a disponibilização de serviços públicos online. Segundo o dirigente, o Executivo continua a prestar atenção a serviços da parte tecnológica, no âmbito da capacitação de recursos humanos, do desenvolvimento intelectual e científico, transferência da tecnologia e o saber, da operacionalização da rede de mediatecas, massificação do uso da Internet nas escolas e pontos públicos e as iniciativas no sector empresarial privado.

Por esta razão, constitui preocupação permanente sua, assegurar a existência de um ambiente legislativo e de infra-estruturas de ciber segurança que salvaguarde o sistema e os dados públicos e privados. Por sua vez, o ministro de Tecnologia e Comunicações, José Carvalho da Rocha, os temas abordados durante o fórum têm a ver com o mercado digital, a modernização e burocratização dos serviços públicos, engenharia espacial, melhoria do ambiente de negócios, digitalização para a transformação da economia, segurança das redes, a quarta revolução industrial, cidades inteligentes e outros. Segundo o titular da pasta de Tecnologia e Comunicação, durante o fórum serão assinados memorandos de entendimento da ER base, Unitel, Huawei, Bancos e demais empresas.

138 oradores nacionais e 75 convidados internacionais

No evento, participaram a ministra de Tecnologia e Comunicação do Ruanda, o ex-primeiro-ministro de Cabo Verde, Jose Maria das Neves, ex-primeiro-ministro da República do Haiti, o director geral do Smart Africa, Lacina Koné e os especialista seniores e equipas. A Angotic 2019 conta com uma feira de exposição e um centro de formação de ango satélite.