Desvio da morte em Cacula

Desvio da morte em Cacula

A agravar a situação, está o facto de a unidade hospitalar de referência dessa municipalidade contar apenas com dois médicos e carecer de melhores condições e de serviços de especialidade, revelou ao jornal OPAÍS Custódio Severino Satiaca, administrador adjunto para área Social de Cacula, que apela às autoridades no sentido de se construir um novo hospital municipal. Actualmente, o município conta com oito unidades sanitárias, entre as quais um centro de saúde, e uma ambulância em cada uma das quatros comunas, nomeadamente do Viti Vivali, Cacula, Chiquaqueia e Chituto.

As ambulâncias têm possibilitado as transferências de casos difíceis para as unidades de referência. Os sectores da educação e da energia eléctrica figuram entre os que os munícipes, segundo o seu administrador, esperam ver solucionados. O fornecimento de electricidade está dependente de geradores que funcionam das 17 horas e 30 minutos às 23 horas. Há habitantes de algumas comunas que não têm acesso a água potável. Por outro lado, Custódio Satiaca garantiu que os esforços empreendidos para proporcionar os serviços sociais básicos à população estão a surtir o efeito desejado.

Pois há situações em que os munícipes já não são obrigados a percorrerem os mais de 100 quilómetros que separam a sede do município da cidade do Lubango, a capital da província da Huíla, para tratar algum documento. “Desde Janeiro de 2012 que a população passou a resolver diferentes preocupações a nível do município de Cacula”, frisou, reconhecendo que ainda existem muitas dificuldades. Cacula é um município essencialmente rural. A agricultura, pecuária e silvicultura constituem a maior potencialidade dessa região. O acesso entre as comunas também é umas das preocupações apresentadas pelo administrador-adjunto para a área Social, já que o mau estado das vias impede que diversos produtos agrícolas cheguem até ao consumidor final por falta de escoamento.