Huíla quer atrair mais investimentos estrangeiro

Huíla quer atrair mais investimentos estrangeiro

A cidade do Lubango – província da Huíla, acolhe nos dias 16 e 17 de Outubro deste ano o Fórum Internacional “Investe Huíla”, que acontece numa co-organização do Governo local e da Associação Agropecuária, Comercial e Industrial do Lubango (AAPCIL).

Em exclusivo ao OPAÍS, o Presidente da AAPCIL, Paulo Gaspar, avança que “o objectivo do fórum é atrair mais investimentos estrangeiros para a província, que oferece todas as condições para se investir em vários sectores”, considerou.

Avançou ainda que a organização do evento espera, durante o fórum, por perto de mil participantes, sendo 600 nacionais e 300 estrangeiros.

O também empresário realça o facto de a província ser atravessada pelo Caminho-de-ferro de Moçâmedes, que parte do litoral (Namibe) e termina no sudeste (Cuando Cubango).

“Ao longo do seu percurso existem potencialidades no sector minério que aguardam por investimento. E o Caminho-de-ferro é um meio importante para o escoamento da produção até ao litoral, que fica a 150 quilómetros”, destacou. Além disso, Paulo Gaspar destacou as potencialidades na produção de cereais e de frutas na província, que precisam de ser revitalizadas com investimentos privado nacional e internacional.

Poucos investimentos na província

O Investe Huíla vai acontecer num período em que os investimentos privados na província ainda não satisfazem as expectativas, sobretudo no município sede, Lubango.

A constatação é do Presidente da (AAPCIL), Paulo Gaspar, para quem a província oferece excelentes oportunidades para os potenciais investidores.

Paulo Gaspar afirma que “desde o início da crise que temos testemunhado o encerramento de empresas, sem serem abertas outras, lançando milhares de jovens para o mundo do desemprego”, lamentou. Refere que, só no sector da construção civil 300 empresas encerram as suas portas, e de forma geral, foram mais de 800 empresas que deixaram de funcionar por causa da crise.

Uma das razões para este estado de coisas, segundo Paulo Gaspar, é também à dívida pública. Por isso, entende que o Governo tem culpa pelo encerramento de algumas empresas na província.

“Há esperança de que o Governo honre com os seus compromissos junto do empresariado, ainda este ano. E se isso vier a acontecer, seguramente que teremos um cenário melhor”, augura. Paulo Gaspar diz que os bancos precisam de ser mais actuantes, financiando os projectos empresarias que lhes são apresentados, pois é destes que depende a empregabilidade e, consequentemente, o crescimento das famílias e do país.