Mais de mil milhões para o sector privado

Mais de mil milhões para o sector privado

A informação foi avançada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica do Executivo, Manuel Nunes. O governante discursou na abertura da conferência internacional sobre financiamento do desenvolvimento económico, que decorreu ontem na 35ª edição da Filda e garantiu que os bancos comerciais domiciliados no país vão passar a financiar o sector privado num montante anual não inferior a 2% do total da sua carteira de activos. Essa medida parte de uma decisão tomada pelo Banco Nacional de Angola. Adiantou que além dessa medida, definiu-se ainda que os encargos financeiros dos empréstimos a conceder, que incluem também os juros, não deverão exceder os 7, 5%. Referiu que a medida do BNA deve ser aplaudida por todos, pois servirá para aumentar o crédito à economia nacional.

O governante sublinhou que o acesso ao crédito é uma condição necessária, mas não suficiente para a eficiência dos investimentos. Manuel Nunes referiu também que, para além do acesso ao crédito ser importante, é preciso que os empresários nacionais estabeleçam relações de parcerias estratégicas com os empresários de outros países, possuidores de know-how e tecnologia avançada. “Aqueles que são capazes de tirar vantagem do conhecimento e da tecnologia existente e disponível no mundo são os vencedores”, disse, tendo acrescentado que “os que não o fizerem não serão ou os que não forem capazes de fazer e ficam para trás “ Por isso, prosseguiu, o investimento privado estrangeiro será sempre bem-vindo com vista a apoiar o país, não só no que concerne ao capital financeiro, mas sobretudo em know-how e tecnologia.

Por outra, o governante disse que a existência de energia eléctrica, água potável, assim como as vias de acesso, são essenciais para tornar o sector privado rentável. Manuel Nunes disse ainda que para que os níveis de endividamento do país possam diminuir há necessidade de contar com outras modalidades de financiamento. Por outro lado, esclareceu também haver necessidade de se prestar maior atenção às parcerias público-privadas como uma forma de financiamento de despesas públicas, sendo capaz de promover o aumento da produção nacional e da competitividade dos produtos.