Túmulos vazios do Vaticano aumentam mistério sobre menina desaparecida há 36 anos

Túmulos vazios do Vaticano aumentam mistério sobre menina desaparecida há 36 anos

O Vaticano abriu dois túmulos nesta Quinta-feira para ver se o corpo de uma menina desaparecida desde 1983 estava escondido no local, mas deparou-se com um novo mistério, quando nada foi encontrado, nem os ossos de duas princesas do século 19 que deveriam estar no interior das tumbas

Especialistas buscavam os restos mortais de Emanuela Orlandi, filha de um funcionário do Vaticano que jamais voltou para casa após uma aula de música em Roma.

O desaparecimento causou muita especulação nos media italianos durante anos. O trabalho de exumação começou após uma prece matutina no Cemitério Teutônico, localizado dentro das dependências do Vaticano e usado durante séculos sobretudo por figuras da Igreja ou membros de famílias nobres de origem alemã ou austríaca.

As autoridades esperavam encontrar ao menos os ossos da princesa Sophie von Hohenlohe, que morreu em 1836, e da princesa Carlotta Federica de Mecklenburgo, falecida em 1840, mas não havia resquício de nenhuma delas. “O resultado da busca foi negativo.

Nenhum resto humano ou urna funerária foi encontrado”, disse o porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti. Gisotti disse que agora o Vaticano examinará registos de trabalhos estruturais feitos no cemitério no final do século XIX e novamente cerca de 60 anos atrás para ver se eles lançam algum luz sobre o novo mistério.

A tumba da princesa Sophie levou a um grande cómodo subterrâneo vazio, e nenhum resto humano foi encontrado na tumba da princesa Carlotta, disse. As teorias sobre o desaparecimento de Emanuela foram desde alegações de uma tentativa de militantes de obter a libertação do turco Mehmet Ali Agca, preso em 1981 por tentar assassinar o Papa João Paulo II a uma ligação com o túmulo de Enrico De Pedis, mafioso enterrado numa basílica de Roma.

A sua campa foi aberta em 2012, mas nada foi revelado. No ano passado, ossos encontrados durante obras na embaixada do Vaticano na capital italiana provocaram um frenesi na imprensa por sugerirem que poderiam pertencer a Emanuela ou a Mirella Gregori, outra menina que desapareceu no mesmo ano, mas os exames de ADN foram negativos.

Mais tarde, a família Orlandi recebeu uma carta anónima dizendo que o corpo de Emanuela poderia estar escondido entre os mortos do Cemitério Teutônico onde uma estátua de um anjo que segura um livro diz “Requiescat in Pace” – “Descanse em Paz”, em latim.