Tanzânia diz que população de elefantes e rinocerontes recupera após repressão contra a caça ilegal

As populações de elefantes e rinocerontes na Tanzânia começaram a aumentar depois da repressão do Governo desmantelar as redes criminosas organizadas envolvidas na caça ilegal em escala industrial, disse a presidência do país

Uma proeminente empresária chinesa apelidada de “Rainha do Marfim” foi sentenciada a 15 anos de prisão por um tribunal da Tanzânia em Fevereiro, por contrabandear presas de mais de 350 elefantes para a Ásia, marcando uma grande vitória do Governo. “Como resultado do trabalho de uma força-especial lançada em 2016 para combater a caça de animais selvagens, as populações de elefantes aumentaram de 43.330 em 2014 para mais de 60.000 actualmente”, disse a presidência em comunicado na Terça-feira.

O número de rinocerontes, uma espécie em extinção, aumentou de apenas 15 para 167 nos últimos quatro anos. Embora a presidência tenha colocado a população de rinocerontes em 15 anos, há quatro anos, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES) estimou num documento no seu site aqui que a Tanzânia tinha 133 em 2015.

Não foi imediatamente possível explicar a discrepância entre as estimativas populacionais anteriores dadas pelo Governo e pela CITES, que agrupa governos que trabalham para garantir que o comércio de animais e plantas não ameace a sua sobrevivência. A presidência não respondeu imediatamente aos contactos em busca de comentários.

A população de elefantes na Tanzânia, famosa pelas suas reservas de vida selvagem, dimisusnuiu de 110.000 em 2009 para pouco mais de 43.000 em 2014, segundo um censo de 2015, com grupos de conservação culpando a caça desenfreada.

A procura por marfim de países asiáticos como a China e o Vietname, onde é transformado em jóias e ornamentos, levou a um surto de caça furtiva em toda a África. O turismo é a principal fonte de divisas da Tanzânia, mais conhecida pelos seus safáris de vida selvagem, praias do Oceano Índico e Monte Kilimanjaro.

A presidência disse que as receitas do turismo foram de USD 2,5 biliões no ano passado, acima dos USD 1,9 bilião em 2015. A entidade disse que a Tanzânia reservou 32% da sua área total para actividades de conservação e rejeitou críticas de ambientalistas sobre um projecto de uma barragem hidro-eléctrica de USD 3 biliões na Reserva de Caça Selous, Património Mundial da UNESCO