País necessita de 60 mil toneladas de farinha de trigo

Segundo o responsável, que falou num encontro de auscultação aos produtores industriais de panificação e pastelarias de Angola, por este facto, ainda poderão ser importadas um total de 30 mil toneladas de farinha de trigo. “As poucas moageiras que temos ainda importam o grão e sei que fica mais caro, todavia, produzem cerca de 30 mil toneladas de farinha de trigo e como alternativa, de momento, será importar apenas o diferencial, que fica por volta das 30 mil toneladas também”, afirmou.

No encontro, que teve como objectivo traçar novas políticas, implementá-las e melhorar a qualidade alimentar do cidadão, por seu turno, o secretário de Estado da Indústria, Ivan do Prado, afirmou a discussão e análise sobre o preço da farinha de trigo é o primeiro passo para a resolução dos problemas da classe, de forma a não prejudicar o cidadão que é o consumidor final. Por um lado, os produtores e industriais de farinha de trigo presentes no local, nomeadamente a Kikolo – Sociedade Industrial de Moagem e a GMAGrandes Moagens de Angola, apresentaram as mesmas inquietações, que estão ligadas à dificuldade da aquisição de divisas e ao preço do grão importado.

Produtores defendem a redução do saco de farinha de trigo

Já os panificadores e membros da Associação das Indústrias de Panificação e Pastelarias de Angola (AIPPA), apelaram à redução do preço do saco de farinha de trigo a oito mil kwanzas, assim como maior apoio aos empresários nacionais, por serem as pequenas e médias empresas que geram mais postos de trabalho. Quanto às questões acima referidas, o ministro do Comércio fez saber que, infelizmente, para o panificador, o preço do pão é fixado e vigiado com base no Decreto Executivo n.º 62/16 e não muda quando o empresário quer, diferente do produtor de trigo, cujo preço é liberal, mas que levará a questão às instâncias superiores para as devidas soluções.

Superfícies comerciais têm prazo de 30 dias para pagarem dívidas aos fornecedores

O ministro do Comércio, Joffre Van-Dúnem Júnior, orientou aos responsáveis das grandes superfícies comerciais a liquidarem as suas dívidas com os produtores nacionais num prazo de 30 dias O responsável teceu essa afirmação nesta Terça-feira, 23, num encontro de auscultação aos produtores nacionais, membros da Direcção da Associação Agro-pecuária de Angola- (AAPA) e cerca de 20 representantes de grandes superfícies comerciais. Por sua vez, os produtores nacionais presentes no encontro afirmaram que os responsáveis das grandes superfícies comerciais atrasam-se no pagamento dos produtos por eles fornecidos, facto que desencoraja alguns produtores e leva à consequente escassez de produtos em várias lojas e à fraca produção nacional. Por sua vez, os representantes das grandes superfícies defenderam que pela especificidade do negócio, a estratégia é “vender à vista, mas pagar à prazo” e isso não excede os três meses. O referido encontro teve como objectivo de apelar aos agropecuários e representantes das grandes superfícies comerciais a pagarem com celeridade as dívidas que possuem com os seus fornecedores