Presumível negligência médica mata adolescente no hospital do Lobito

Presumível negligência médica mata adolescente no hospital do Lobito

 Por :Constantino Eduardo, em Benguela

Em declarações à Rádio Lobito, ontem, a mãe do adolescente de 17 anos de idade, Augusta Lino, explicou que, antes de ter sido ordenada a transladação do presumível cadáver para morgue, o adolescente tinha sido avaliado pela equipa médica, tendo esta chegado à conclusão de que ainda estava vivo, devido ao bater do coração. Constantino Eduardo, em Benguela Ao notar que o filho ainda estava vivo, apressou-se logo em notificar a médica para que esta, no âmbito das suas responsabilidades, pudesse agir em conformidade.

“Eu vi que coração ainda estava a bater. Chamei o Dr., ele viu, pegou no auscultador dele e disse “aié, tem vida” e eu, então, disse “se tem vida lhe tira então” e respondeu: já liguei para minha equipa, está vir”, explicou a senhora, bastante sentida com a presumível negligência da equipa médica, entretanto, suspensa pela direcção do hospital Regional do Lobito, segundo avançou a RNA. Chamado pela Rádio Lobito para fazer um enquadramento jurídico- legal à volta do incidente, o jurista Paulino Chitutula afirmou que aquela acção médica é passível de responsabilização civil e criminal, bastando apenas que os familiares da vítima accionem os mecanismos legais.

Paulino Chitutula sustenta que há um direito que assiste às pessoas próximas da vítima, na base do qual se pode intentar uma acção judicial contra a equipa médica e o hospital, enquanto instituição. Face ao sucedido, o Gabinete Provincial da Saúde abriu já um inquérito para apurar os factos e consequente responsabilização, caso se prove que houve, de facto, negligência médica dos seus profissionais, enquanto a Procuradoria- Geral da República promete investigar o caso para responsabilizar os implicados.

Este é mais um dos vários casos que, nos últimos tempos, se vão passando e passando uma má imagem da prestação médica na província de Benguela, daí que haja quem defenda a necessidade de se continuar a trabalhar cada vez mais na humanização