Dj Djeff sobe hoje ao palco como “cabeça de cartaz” na Croácia

Dj Djeff sobe hoje ao palco como “cabeça de cartaz” na Croácia

O Dj Djeff é uma das atracções para a 9ª edição do “SuncéBeat”, maior festival de música electrónica e R&B da Croácia, a ocorrer desde Quarta-feira, 24, em Tisno. Na noite de hoje, Sexta-feira, Djeff será o protagonista da “boat party”, propagando a sua música do barco, para a imensidão do mar.

Zuleide de Carvalho, em Benguela

Tisno é uma zona balnear croata que agrega milhares de amantes de ritmos musicais em todos os Verões europeus há quase uma década, no mais concorrido festival de house music do país, o “SuncéBeat”. E, nas 8 edições que o “SuncéBeat” teve, Djeff participou em mais de metade, estando novamente sob os holofotes ontem, num dos palcos montados no recinto e, sendo cabeça de cartaz hoje na “boat party”.

São oito dias de festa em que os participantes, vindos de diversas paragens do mundo, encontram artistas musicais que comandem os seus estados de espírito, permitindo- lhes simplesmente, dançar, vibrar, descontrair e, porque não, sorrir. Para seu orgulho, certamente, também para a vaidade da cultura e arte angolanas, Djeff, Dj e produtor musical luso-angolano, marca presença regularmente nas cabines de Dj do “SuncéBeat”, ao lado de outros ícones do house music. Nessas duas noites para as quais foi convocado, promete aos fãs permanecer igual a si mesmo, dando tudo para ver o público feliz, até porque a música é a língua universal que todas as nações entendem.

 A melhor recompensa: “ver as pessoas a sorrir e dançar

 Ser Dj, mesmo para os mundialmente reconhecidos, tem os seus altos e baixos. Para este artista luso- angolano, o trabalho árduo vale sempre a pena, pois, colhe muitos mais frutos do que espinhos. Afirmando: “nunca trabalhei um dia na minha vida”, pois ama a sua profissão. O também produtor musical já viu como momentos baixos a solidão após o espectáculo, longe da família, horas longas sozinho nos aeroportos… Hoje, felizmente, já sabe lidar melhor com isso, aproveitando o tempo a sós para reflectir e encontrando formas de se entreter, para afugentar o cansaço após o set tocado, desfrutando da sua própria companhia.

No meio da euforia associada ao Djing, o que mais estima é sentir o efeito positivo e libertador da sua música nas pessoas, espelhado quando estão na pista de dança simplesmente a sorrir, livres. Djeff entrega-se de tal forma ao que ama fazer que o seu set mais longo durou 11h consecutivas, iniciado à noite, terminando à tarde, sem que ele se apercebesse do Sol que brilhava lá fora. Esse episódio narrado a OPAÍS sucedeu na discoteca “Pedra do Couto”, Santo Tirso, Portugal. Curiosamente, no Inverno, noite em que as pessoas apreciaram as misturas de Djeff das 3h da manhã à 1h da tarde. “Já estava com os meus pés completamente rebentados”, relembrou o Dj luso-angolano, revivendo a sessão que também ficou para a história da casa nocturna portuguesa.

“Não foi algo programado”, disse. “Dei conta quando já era meiodia e alguém veio à cabine tirar uma foto comigo”, assim, Djeff espantou- se ao ver as horas indicadas no ecrã do telemóvel. Portanto, foi sem dúvidas, uma noite para recordar.

Entre o estúdio e viagens…

O Dj Djeff não pára, literalmente. O artista declarou que a sua carreira está cada vez mais internacionalizada e, apesar das constantes viagens para múltiplos países que o requisitam, está igualmente focado na produção musical. Em Maio, enriqueceu a indústria do house music lançando a faixa intitulada “Ocean”, tema com a voz de June Freedom, cabo-verdiano, que já se tornou num hit, nas pistas de dança do Verão europeu.

O seu repertório de originais tem vindo a crescer, contando com três álbuns no mercado angolano e internacional, dois a solo, “Ascensão do Soldado”, “Gratitude” e, o “Malembe Malembe”, um duo com Dj Silyvi. Prestes a serem lançadas estão mais duas faixas musicais e, “Beija Flor”, é uma delas. Feita com o Projecto Kaya, dupla feminina que eleva o Fado, estilo já transcendente, para outra dimensão, fundindo- se com géneros inesperados, ao que Djeff agregou house music, com um “balanço Afro”, categorizou.