Acnur e parceiros dão apoio mental a refugiados em Angola

Acnur e parceiros dão apoio mental a refugiados em Angola

Cerca de 35 mil pessoas da República Democrática do Congo vivem na província do Lunda-Norte; serviços incluem apoio psico-social a vítimas de violência sexual e de género.

A saúde mental e o apoio psicossocial fazem parte dos sectores de saúde e protecção de refugiados da República Democrática do Congo que vivem no Assentamento do Lóvua, em Angola. Desde o final de 2017 que a Agência das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, trabalha com os parceiros Médicos del Mundo e Serviço Jesuíta aos Refugiados para oferecer estes serviços.

Dificuldades

O Acnur realiza este trabalho com parceiros da Médicos del Mundo e Serviço Jesuíta aos Refugiados para oferecer estes serviços Segundo a agência, “a deslocação forçada provoca stress psicológico e social acentuados nos indivíduos, famílias e comunidades.” As pessoas passam por atrocidades antes e durante a fuga e, uma vez em segurança, as suas condições de vida também são motivos de stress e dificuldades.

A ONU e os parceiros prestam apoio psico-social a vítimas de violência sexual e de género, em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a População, UNFPA. Também é prestada assistência em saúde mental. Existem ainda elementos educacionais nos programas psicossociais, com a organização de workshops regulares sobre temas como coexistência pacífica, resolução de conflitos e igualdade.

Actividades

Algumas actividades de grupo têm o objectivo de sensibilizar as pessoas em relação a assuntos como saúde sexual e reprodutiva, aptidões parentais e educação psicossocial sobre consumo de drogas. As actividades têm um forte elemento recreativo, para ajudar a reduzir o stress, a ansiedade e a depressão. Os grupos são formados com base no género e idade. Existem, por exemplo, actividades para crianças e jovens entre os 2 e os 18 anos que envolvem desporto, artes e ofícios. Também existem casos que são acompanhados de forma individual.

Crise

Em 2017, a instabilidade política e militar na região de Kasai, na República Democrática do Congo, forçou mais de 35 mil pessoas a procurar refúgio na província da Lunda-Norte, em Angola. Mais de 50% destes refugiados são menores de 18 anos e a maioria vive no assentamento de Lóvua.

O Acnur afirma que “as pessoas sentem e reagem à perda, dor, ruptura e violência de maneiras diferentes e isso influencia a sua saúde mental e o seu bem-estar psico-social, bem como a sua vulnerabilidade a problemas de saúde mental”. Devido à importância do tema, este tipo de intervenções “é agora uma parte crítica de qualquer resposta humanitária” e “reconhecida como um requisito de resposta humanitária em toda uma gama de contextos e cenários.” ONU News