Professor de capoeira viola aluna de 12 anos na escola

Professor de capoeira viola aluna de 12 anos na escola

O professor de capoeira Alexandre João José, de 20 anos, está a ser acusado de ter abusado sexualmente de uma aluna de 12 anos no interior da escola pública do quarteirão W da Centralidade do Kilamba, em Luanda. O facto aconteceu no dia 24 de Julho, quando a aluna de 12 anos se dirigiu ao anfiteatro, segundo um encarregado de educação que conversou com OPAÍS, numa altura em que o acusado arrumava os materiais para o treino. Ao ver que estavam só os dois, o professor de capoeira trancou a porta e consumou o acto.

De acordo ainda com o encarregado, que preferiu o anonimato, a aluna vítima de violação não é instruenda do capoeirista, aliás, os alunos da escola Nzinga Nkuvo não recebem aulas de capoeira, mas aquele e outros indivíduos utilizam o anfiteatro porque a direcção da escola os arrendou. “É uma situação complicada, estamos a deixar as nossas crianças na escola, a pensar que estão seguras, e acontece uma violação sexual bem dentro da instituição. Hoje, a minha filha, que, praticamente, é da mesma faixa etária, está com medo de retomar as aulas e o mesmo sentimento apresentam as outras colegas”, lamentou, o encarregado de educação.

A Polícia Nacional confirmou a detenção do cidadão Alexandre João José, resultado da denúncia feita pelo pai da menina, de 41 anos de idade, no Piquete do Comando Municipal de Belas, uma vez que esta contou o que lhe tinha acontecido na escola. Alexandre, que espera responder pelo crime de que vem acusado, para além de professor de capoeira é estudante. De violação sexual, em Luanda, não é tudo, pois um outro cidadão, de 47 anos de idade, foi detido, ontem, no município do Talatona, por tentativa de violação sexual contra uma menor de 16 nos de idade.

Segundo informações da Polícia local, a acção ocorreu após o acusado se ter aproveitado da ausência dos pais da vítima, que o deixaram a cuidar dela, para consumar o acto ilícito. “Felizmente, depois de lutar com o acusado, ela conseguiu escapar ilesa”. Após denúncia feita pela lesada, o cidadão foi encaminhado ao SIC, onde o processo corre os seus trâmites normais.