Os trabalhadores da Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda (Elisal) paralisaram os seus serviços, desde as primeiras horas desta quinta-feira, por tempo indeterminado, para exigir o pagamento de dois meses de salários em atraso.
A decisão surgiu em função da direcção da Elisal ter a pretensão de liquidar apenas a divida dos ordenados do mês de Junho, violando um dos pontos constantes do caderno reivindicativo.
Falando à Angop, o primeiro secretario sindical da Elisal, Ventura Luciano, disse que os sucessivos atrasos salariais estão na base da decisão de paralisar o trabalho, por isso, os trabalhadores foram unânimes em decretar a greve já que a entidade empregadora decidiu pagar apenas um mês e não dois como se exige.
Sublinhou que os trabalhadores estão há dois meses sem receber o ordenado e os atrasos têm sido constantes na Elisal, situação que tem criando constrangimentos aos funcionários.
Em sinal de protesto, ressaltou, foi levantada uma greve nos serviços de varredura, recolha e depósito do lixo no aterro sanitário dos Mulenvos, até a resolução do problema.
A Elisal tem responsabilidades atribuídas para a manutenção do aterro, assistência técnica dos municípios, bem como a operação na limpeza e recolha dos resíduos sólidos no município do Cazenga.
O governador da província de Luanda, Sérgio Luther Rascova, exonerou no dia 30 de Julho de 2019, o Conselho de Administraçãoda Elisal-EP, e criou uma comissão de gestão coordenada pela vice-governadora para os serviços técnicos e infra-estruturas, Elisabeth Rafael.
A comissão criada pelo governador da província de Luanda, Sérgio Luther Rascova, tem um período de 60 dias de trabalho, até a nomeação do novo Conselho de Administração.