3º caso de Ébola em Goma

3º caso de Ébola em Goma

As autoridades do Rwanda fecharam a fronteira com a cidade congolesa de Goma, nesta quinta-feira, a todas as pessoas, com excepção de cidadãos congoleses partindo do Rwanda, já que um terceiro caso de Ébola foi confirmado em Goma

A filha de um paciente com Ébola da cidade do Leste do Congo contraiu o vírus, confirmaram autoridades congolesas, a terceira ocorrência numa cidade de ao menos um milhão de pessoas que faz fronteira com o Rwanda. O ministro de Estado das Relações Exteriores do Rwanda, Olivier Nduhungirehe, disse à Reuters por telefone que a fronteira foi fechada em Gisenyi, a cidade rwandesa mais próxima, mas não quis dar maiores detalhes.

A confirmação do terceiro caso de Ébola em Goma aumentou o temor de que o vírus se enraíze na cidade densamente povoada, que se localiza mais de 350 quilómetros ao sul de onde o surto foi detectado.

O segundo paciente morreu por ter buscado tratamento tarde demais e já estar sangrando, informaram as autoridades na Quarta-feira. “Os exames de um caso suspeito no centro de tratamento de Ébola de Goma deram positivo para o vírus do Ébola. Investigações ainda estão em andamento sobre este (…) caso”, disse o médico Aaron Aruna Abedi, que coordena a operação do Ministério da Saúde do Congo em resposta ao Ébola, à Reuters por telefone.

Depois que o primeiro caso de Ébola de Goma foi confirmado, em meados de Julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto uma emergência de saúde internacional. A entidade relutou em fazê-lo, em parte pelo receio de que países que têm fronteira com o Congo as fechassem.

Ao declarar a emergência, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse explicitamente que nenhum país deveria fechar fronteiras ou impor restrições comerciais ou de viagem. “As autoridades congolesas lamentam esta decisão, que vai contra o conselho da OMS”, sobre combater o vírus, disse um comunicado da presidência do Congo. O primeiro caso de Ebola em Goma não tem relação com o segundo ou o terceiro, disseram as autoridades.