Agricultores do Cuanza norte com novo mercado

Agricultores do Cuanza norte com novo mercado

A iniciativa foi lançada no último Sábado na presença de associados, governantes e representantes de diferentes departamentos ministeriais do Executivo. A ideia consiste no estabelecimento de um mercado formal de venda de produtos do campo na região da Pamba, no território do município do Lucala, a 32 km de Ndalatando, aproveitando as vantagens da passagem no local da Estrada Nacional 230 e do Caminho de Ferro de Luanda, CFL.

O mercado, construído com recurso a reciclagem de contentores de carga e material local é um espaço que passa a funcionar duas vezes por semana (Sextas-feira e Sábados), abre as suas portas a todos os agricultores e camponeses da região com o intuito de oferecer um processo de venda mais competitivo, com segurança, garantias de higiene e sanidade, e visa estimular e incrementar a produção.

Ao ser colocado numa espécie de placa giratória, já que pelo local flui o tráfego rodoviário de Luanda em direcção às províncias de Malanje, do leste e do Uíge acrescido de uma linha ferroviária funcional entre a capital do país e a cidade de Malanje, o novo mercado está a ser considerado pelos seus mentores como um “conceito inovador que busca mecanismos de formalização da economia informal” sem que para tal se distancie do que as comunidades já estão habituadas a fazer.

O presidente da COOPERAGRO

Angola (Cooperativa Agropecuária Polivalente de Angola), Henriques Simões, no balanço da primeira edição considerou-a “um sucesso, tanto pelo facto de ser inédita e estar baseado num conceito onde o produtor deixa de vender à berma da estrada e tem um local para este fim”. “Temos aqui um espaço próprio preparado e apetrechado, em que eles vendem directamente a sua produção ao consumidor final. A COOPERAGRO unicamente está a ser a ponte entre a produção local e o consumidor final”, clarificou o agricultor que está instalado na província do Cuanza-Norte. A COOPERAGRO é um projecto que associa neste momento 20 empresas do ramo agro-pecuário nacional e que procura viabilizar o agro-negócio virado para as famílias camponesas e agricultores de pequena escala. No local, foi inaugurada ainda nos tempos de Marcos Nhunga como ministro da Agricultura, uma loja do agricultor apetrechada com insumos e planeia-se que surjam em torno do projecto outras estruturas de apoio como as de conservação, embalagem e transformação, em busca de uma produção industrial e destinada ao segmento de grandes grossistas que se ocupam da actividade de distribuição agro-alimentar.