Entre as 37 crianças doentes, 26 necessitaram de Terapia de Substituição Renal (TSR), sendo que as restantes faziam hemodiálise e diálise peritoneal no Hospital Josina Machel e na Clínica Girassol, respectivamente, segundo a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
A governante recordou que durante o ano 2018 foram internados 46 doentes com o mesmo problema, dos quais 29 necessitaram de TSR, segundo a Angop. Sílvia Lutucuta, que falava durante a cerimónia de inauguração da nova unidade hospitalar, apontou a malária e as glomerulopatias como as principais causas de insuficiência renal aguda. Quanto a nova Unidade de Cuidados Intensivos e Hemodiálise, a ministra referiu que visa dar a autonomia à pediatria para responder a demanda dos doentes com insuficiência renal.
Segundo ela, a par da nova Unidade de Cuidados Intensivos e Himodiálise, também foi criada a primeira Enfermaria Pediátrica a nível nacional para hemodiálise. A enfermaria está equipada com três máquinas para diálise aos doentes com insuficiência renal aguda e um para diálise a doentes com insuficiência renal crónica. Afirmou que o surgimento dessas infra-estruturas resulta do investimento feito pelo Executivo angolano, que está preocupado com o crescimento do número de casos de insuficiência renal em crianças e sem condições adequadas. Unidade de Cuidados Intensivos e Hemodiálise Essa unidade, que foi totalmente remodelada, conta com 14 camas e equipamento de alta complexidade, para melhorar o atendimento de crianças internadas na pediatria, evitando a transferência para outras unidades.
Além do equipamento e das obras de melhoria que foram feitas, os profissionais das mais diversas categorias, que prestarão cuidados nos serviços de hemodiálise, foram igualmente alvo de acções de formação e capacitação para um atendimento humanizado e qualificado. O Hospital Pediátrico David Bernardino tem uma capacidade de 422 camas, distribuídas por três edifícios principais e quatro secundários.
É constituído por 10 serviços de internamento, dos quais destaca-se a Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatal e Cuidados Intermédios 2, estes vocacionados para o atendimento dos doentes graves, críticos e com necessidade de monitorização continua