Ministério do Ambiente garante que queimadas estão controladas

Ministério do Ambiente garante que queimadas estão controladas

O director do gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa deste departamento ministerial, Santos Virgílio, reconhece, num comunicado de imprensa divulgado ontem, que precisam de intervir com eficácia na prevenção de queimadas, não obstante a situação esteja controlada. Explicou que as ocorrências detectadas pelo satélite do MODIS (Espetro radiómetro moderado de definição da imagem) se forem utilizadas apenas como números de casos, podem levar a uma dramatização da situação e desinformar os mais incautos.

Isso por fornecer alegadamente informações que carecem sempre de validação no local a fim de aferir que ocorrências devem ser consideradas como efectivas e quais a descartar, em função da sua magnitude. No entanto, reconhece que nesta época do ano, em várias regiões do país, estão a acontecer queimadas que as populações camponesas fazem com o intuito de preparar as terras para o cultivo, atendendo ao início da estação das chuvas. “Prática que, apesar de não ser a mais aconselhável, é usual e mesmo secular, lê-se no documento.

Por outro lado, o Ministério aponta para a existência de uma significativa produção de carvão vegetal em quase todas as províncias, como outro factor que fez com que o MODIS registe ocorrência de vários pequenos fogos. O processo de produção desse material pode durar entre duas a seis semanas, o que o satélite registará todos os dias que um forno estiver a funcionar como sendo diferentes e sucessivas queimadas. Com vista a pôr fim a tais praticas, garante que está a trabalhar com as populações rurais, em estreita colaboração com o Ministério da Agricultura e Florestas e outros parceiros, no sentido de incutir nos autores de tais práticas, os conceitos e o conhecimento necessário para a gestão sustentável das florestas comunitárias e mostrar os benefícios resultantes da sua preservação.

Para fazer prova disso, citou o “Projecto de Carvão Vegetal Sustentável”, que alega estar a ser implementado há dois anos, envolvendo comunidades de aldeias nas províncias do Cuanza- Sul e do Huambo “por terem sido identificadas como áreas de elevado índice de desflorestação, cujo objectivo é a eficiência no aproveitamento dos recursos florestais”. “Reconhece-se, entretanto, que, tal como em muitos países da África Subsariana, há uma elevada perda de florestas nativas no nosso país, resultante de fogos descontrolados, com origem diversa, principalmente a caça, por deficiência da consciência ambiental e debilidades do sistema de fiscalização”, diz. Uma situação que garante estar a ser combatida através do cumprimento do estabelecido na Lei de Base das Florestas e Fauna Selvagem e os diplomas legais afins, combinados com a implementação de programas de educação ambiental principalmente nas áreas peri-urbanas e rurais.

“Permitirá colmatar as lacunas existentes na preservação do património natural que as florestas albergam por excelência”, garante. De realçar que dados da agência norte-americana, NASA, entre 15 e 22 de Julho, a plataforma de monitoramento de incêndios Global Forest Watch Fires, enviou 178.484 alertas de incêndio para seus assinantes na Rússia, 136.087 alertas para os assinantes da República Democrático do Congo e 109.512 alertas para os assinantes de Angola.