Falsificadores do Pau-Grande detidos com carimbos de diversos Ministérios

Falsificadores do Pau-Grande detidos com carimbos de diversos Ministérios

SIC de Luanda procedeu ontem, em conferência de imprensa, à apresentação pública de dois cidadãos nacionais, um de 43 e o outro de 50 anos, descritos como técnicos de informática, acusados de serem integrantes da emblemática rede de falsificadores que actuam nesse município há décadas.

O individuo de 50 anos, cujo nome não foi revelado, desenvolve essa actividade há mais de 20 anos e é considerado pelos peritos do SIC como um dos maiores falsificadores da capital do país. Para ludibriar as autoridades, os dois indivíduos exerciam as suas actividades no interior de um estabelecimento de ensino designado de Colégio Progresso do Cazenga, sito na rua Sete e meio. Os agentes da ordem apanharam-nos em flagrante delito no interior do referido estabelecimento por voltas das 15h00 do dia 29 de Agosto último. Foram flagrados a traficar documentos falsos, uma cédula pessoal e uma declaração de habilitações literárias.

Entre os 175 carimbos, constam também alguns da Direcção Nacional de Viação e Trânsito (DNVT) e de representações do Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão do Talatona (Luanda), Bengo, Malanje e Zaire. Para além desses meios, durante a revista feita no local encontraram em posse deles 41 recibos de registo de propriedade de automóvel, 10 verbetes provisórios, nove talões de cheque do BFA, três do Banco BIC, duas cédulas marítimas, cinco certificados de habilitações literárias, quatro bilhetes de identidade, uma cédula pessoal e um boletim de nascimento. O SIC Luanda alerta a todos os cidadão a absterem-se de tratar documentos por essa via, caso contrário estão sujeitos a serem indiciados criminalmente por uso de documentos falsos.

Rede “imune à Polícia”

A conhecida rede de falsificadores do Pau-Grande existe há décadas, mas as forças de defesa e segurança têm enfrentado inúmeras dificuldades para a desmantelar. Em Março de 2010, a Polícia Nacional anunciou que deteve não só o presumível cabecilha da rede de falsificação de documentos que operava nessa zona, como 15 integrantes. Tratava-se de Alberto Francisco Gaspar, mais conhecido por “Man-Beto”, alegado director de uma escola.

Os 15 cidadãos nacionais que foram apontados como seus colaboradores ajudavam- no tanto na falsificação como na comercialização dos documentos. Na época, até diplomas de licenciatura em direito da Universidade Agostinho Neto comercializavam. De realçar que em Dezembro do mesmo ano, a Polícia deteve, outros quatro homens supostamente envolvidos na mesma rede.

Na sequência da detenção, haviam apreendido vários modelos de certificados de universidades privadas, 64 carimbos, duas fotocopiadoras, um computador portátil e uma máquina scanner. Um ano antes, em Novembro de 2009, haviam detido nove elementos pertencentes a uma rede denominada “Pau-Preto” que também actuava no mesmo município. Falsificadores do Pau-Grande foram detidos. Até diplomas de licenciatura em direito da Universidade Agostinho Neto comercializavam