Governo vai avançar com a construção do Bairro dos Ministérios na Chicala

Governo vai avançar com a construção do Bairro dos Ministérios na Chicala

Por:Constantino Eduardo, em Benguela

ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida, disse, ontem, em Benguela, que o projecto da construção do “Bairro dos Ministérios” vai avançar mesmo, contrariando informações tornadas públicas que davam conta do seu cancelamento Manuel Tavares respondia a jornalistas que o questionaram sobre este projecto, no final do encontro que manteve com membros do Governo Provincial de Benguela durante a sua visita de trabalho a esta província.

O ministro disse desconhecer a anulação do referido projecto, conforme matéria publicada no portal “Maka Angola”, do jornalista angolano Rafael Marques de Morais. “Não sei disso, eu não leio o Maka Angola”, afirmou

acrescentando ser uma pessoa “convicta e determinada” e que o projecto vai mesmo avançar e está inscrito no Plano Director da Cidade de Luanda. “Temos que respeitar aquilo que é lei” declarou Manuel Tavares, que se encontra a efectuar uma visita de constatação de alguns projectos estruturantes do sector que dirige na província de Benguela. O caso da possível anulação do projecto por parte do Presidente da República, João Lourenço, por, alegadamente, estar eivado de vícios, foi levantado pelo jornalista Rafael Marques que, na altura, garantira que o Presidente lhe mandara comunicar, por escrito, tal pretensão. Incerteza na construção de mil e 750 casas Por outro lado, o ministro da Construção defende a revisão do projecto para a construção de mil e 750 casas desenhado pelo Governo Provincial de Benguela há mais de 4 anos, para assentar famílias em zonas de risco nos municípios do Lobito e Catumbela.

O projecto foi concebido em decorrência das últimas enxurradas que fustigaram Benguela, ceifando a vida a centenas de cidadãos. Face ao cenário descrito como preocupante pelo Executivo de Benguela, o vice-governador para o sector Técnico e Infra-estruturas, Leopoldo Muhongo, sugeriu ao ministro da Construção a inscrição “permanentemente” do projecto no Plano de Investimentos Públicos (PIP), de modo a atender a população afectada nos municípios do Lobito e Catumbela. Apesar da crise financeira que assola o país, Leopoldo Muhongo refere que, em função da abordagem de que tem sido alvo sobre a execução do mesmo, a intenção do Governo local é que o projecto de assentamento conste nas prioridades do Ministério da Construção. A execução do projecto está prevista para o Lobito Novo e foi pensado para assentar a população que se encontra em zonas consideradas de risco.

“Mesmo com as dificuldades financeiras que o país vive, pelo menos que ela conste, regularmente, na perspectiva de orçamento de todos os anos, até que ela possa entrar para a fase de execução”, sugeriu, o governante, para quem o projecto se afigura como um dos maiores “desafios públicos” do Governo de Benguela. Enquadramento financeiro Por sua vez, o ministro Manuel Tavares de Almeida disse que, neste momento, o problema reside na falta de “enquadramento financeiro” para o projecto, razão por que defende a revisão do mesmo, a fim de que lhe seja dado o melhor aproveitamento “que se pretende”. “Essa solução talvez, no contexto actual, não seja a mais indicada, mas é possível reformular o projecto”, rematou.