O asseguraram o pro- governante, que falava no acto de abertura do Plano de Acção para a Intensificação da Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos em Angola, apresentado ontem, frisou que o projecto contou com 165 parceiros sociais, entre entidades religiosas e singulares, organizações não-governamentais, empresas públicas e privadas, Forças Armadas, entre outros.
No presente ano lectivo foram matriculados 85 mil e 352 alfabetizandos dos quais 60 mil e 738 são mulheres. A alfabetização, ou seja, o I ciclo do ensino secundário de adultos, é desenvolvida em sete municípios, nomeadamente Belas, Cacuaco, Cazenga, Kilamba Kiaxi, Luanda, Talatona e Viana. Já na alfabetização em Línguas locais estão inscritos 120 alunos, entre os quais 95 mulheres, subdivididos em quatro turmas e distribuídos em três municípios, sendo duas de umbundu, nas zonas de Cacuaco e Cazenga, uma de Kimbundu e outra de Kicongo no município de Kilamba Kiaxi.
Nos últimos quatro anos, segundo o responsável, estiveram envolvidos 13 mil e 300 alfabetizadores, pelo que no presente ano lectivo O asseguraram o pro cesso 2.850, designados também como facilitadores, e utilizam os métodos “gostar de ler e escrever”, “sim eu posso”, “alfalit” e “Dom Bosco”. Segundo Dionísio Manuel da Fonseca, alfabetizar crianças e adultos constitui um dos desafios do sistema de educação e ensino, pelo facto, os esforços para erradicar o analfabetismo tem sido constante. Governo prevê subir a taxa de alfabetização de 76% para 82,8% Por seu turno, a ministra de Estado para Área Social, Carolina Cerqueira apelou à intensificação do programa de alfabetização de modo a atingir todo o país e poder ir aumentando gradualmente a taxa de literacia de adultos. O objectivo é o aumento dessa taxa, dos actuais 76,8% para 82,8% até 2022.
Com a finalidade de alcançar este objectivo, está programada a reactivação imediata da Comissão Nacional de Alfabetização, com a missão de dirigir a mobilização de recursos humanos e materiais para execução do plano de acção para “intensificação da alfabetização e educação de jovens e adultos” (plano EJA Angola 2019- 2022), aprovado pelo Decreto Presidencial nº 257/19, de 12 de Agosto. Segundo Carolina Cerqueira, o plano EJA Angola deve ser avaliado de seis em seis meses, de modo a aferir as melhorias que devem ser sucessivamente introduzidas ao longo dos próximos três anos. Considerando que a meta do Governo é aproximarse da erradicação do analfabetismo no quadro da agenda 2030.
“Temos dez anos para implementar este projecto com sucesso e livrarmos os angolanos da saga do analfabetismo”, disse. Assinala-se este Domingo o Dia Internacional da Alfabetização, instituído pela Organizações das Nações Unidas com o objectivo de despertar a consciência da comunidade internacional para um compromisso mundial relacionado com o desenvolvimento da educação e a promoção da literacia. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (UNESCO), 18% dos adultos em todo o mundo são analfabetos e dois terços deles são mulheres. Para este ano a instituição adoptou o lema “Alfabetização e Multilinguismo”.