Kremlin minimiza reportagens sobre espião dos EUA em gabinete presidencial

Kremlin minimiza reportagens sobre espião dos EUA em gabinete presidencial

O Kremlin minimizou ontem, Terça-feira, reportagens dos meios de comunicação social norte-americana sobre um espião da CIA dentro da administração presidencial da Rússia, classificando-as como “ficção”, mas disse que uma autoridade de baixo escalão, que a imprensa russa indicou ser o agente, trabalhou no local. Na Segunda-feira, a CNN noticiou que os Estados Unidos extraíram uma das suas fontes infiltradas de mais alto nível da Rússia em 2017. Mais tarde, o jornal New York Times disse que o informante enviou segredos a Washington durante décadas. O jornal russo Kommersant escreveu ontem, Terçafeir, que o funcionário pode ter sido um homem chamado Oleg Smolenkov, que se diz ter desaparecido com a mulher e os três filhos quando passava férias em Montenegro em 2017 e hoje supostamente mora nos EUA.

O Kommersant publicou uma foto de uma casa no Estado norte-americano da Virgínia, que disse ter sido comprada por um homem chamado Smolenkov em 2018. Indagado sobre o assunto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu que Smolenkov de facto trabalhou na administração presidencial da Rússia, mas foi demitido em 2016/17. “É verdade que Smolenkov trabalhou na administração presidencial, mas foi demitido vários anos atrás. O seu trabalho não era de alto nível”, disse. Smolenkov não tinha acesso directo ao Presidente Vladimir Putin, acrescentou Peskov, recusando-se a confirmar com uma risada se ele era agente dos EUA ou não. “Não posso confirmar isso… não sei se era um agente. Só posso confirmar que havia tal pessoa na administração presidencial, que mais tarde foi despedida”, disse.