Erro médico já matou três pessoas este ano

Erro médico já matou três pessoas este ano

Das queixas apresentadas pelos utentes, seis vêm de clínicas privadas e outras cinco de hospitais públicos, de acordo com Jeremias Agostinho, que fala em diagnósticos e prescrições errados por parte de médicos.

Das três mortes registas, duas são de cidadãos adultos e uma de uma criança do sexo feminino da província do Uíge, a quem foi erradamente amputado um dos membros, tendo culminado com a sua morte.

Das 11 queixas, Jeremias Agostinho fala em pelo menos cinco diagnósticos errados e duas prescrições incorrectas que terão estado na base de complicações apresentadas por pacientes.

30 casos na PGR

Em Fevereiro do corrente ano, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, anunciou que estão sob a alçada da Inspecção Geral da Saúde e da Procuradoria Geral da República (PGR) trinta processos envolvendo médicos acusados de negligência.

Entre os casos entregues à PGR, de acordo com a ministra, está o do técnico de testagem envolvido na transfusão com sangue contaminado a uma criança no Hospital Josina Machel.

Apesar de o caso ter sido transferido para as instâncias judiciais, disse que o inquérito interno da inspecção da saúde revelou “negligência grosseira” do operador de serviço.

Informou que a PGR já investiga, igualmente, o processo contra a equipa médica que, em finais de 2018, se negou a atender uma paciente no Hospital Municipal do Kapalanca, em Viana. A mesma morreu à porta da referida unidade sanitária.

Sílvia Lutucuta disse que concluídos os respectivos inquéritos internos, o Ministério da Saúde, através da Inspecção Geral da Saúde, encaminhou os processos para as instâncias judiciais para o devido tratamento.