Partido Socialista volta a vencer eleições em Portugal

Partido Socialista volta a vencer eleições em Portugal

O partido de centro-esquerda contava, até ao fecho desta edição, com entre 34% a 39% dos votos, enquanto os oposicionistas do Partido Social Democrata recebiam de 27% a 31%, indicava o levantamento da Rádio e Televisão de Portugal.

Com estes números, a agremiação deve conseguir entre 100 e 117 cadeiras no Parlamento de 230 lugares, atingindo, com o último número, a maioria absoluta, o que lhe permitira governar sem alianças e desfazer- se da chamada “Geringonça”, uma solução política em que governou com o apoio parlamenta de partidos da esquerda, nomeadamente o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista e os Verdes.

Esta “coligação” surgiu após um período de austeridade, quando Portugal precisou de receber um empréstimo internacional. Para formar uma maioria absoluta, são necessárias 116 cadeiras na Assembleia da República. A deputada Ana Catarina, do Partido Socialista, afirmou que a eleição deste Domingo foi uma “grande vitória” e que o partido irá tentar formar um Governo estável para a próxima legislatura. No Governo de António Costa, o primeiro-ministro, o crescimento económico passou de 0,2% em 2014 para 2,1% em 2018 e o desemprego foi cortado praticamente pela metade, para 6%. Costa, entretanto, enfrentará desafios no seu próximo governo com a saída de um dos seus principais parceiros comerciais, o Reino Unido, da União Europeia. Baixa na liderança do CDS Como resultado do reforço da votação nos socialistas, a primeira baixa da noite foi no CDS (Centro Democrático Social), com a demissão da líder. No rescaldo do dia, e mal começaram a ser divulgadas as projecções dos resultados eleitorais, também começaram as surgir críticas internas no CDS.

Cristas, que nasceu em Luanda, imediatamente anunciou a convocação de um congresso extraordinário, assim como disse que não se irá recandidatar. BE a frente dos comunistas Na primeira reacção às projeções de resultados feitas pelas televisões, o director de campanha bloquista, Jorge Costa, afirmou que “o Bloco confirma-se como terceira força política nacional”, escreveu o jornal Expresso. Tratou-se da última ilação sobre as estimativas de resultados pelo dirigente nacional bloquista. A primeira fora a de que “o PS ganhou as eleições, claramente, e formará Governo”.

O segundo ponto mencionado por Jorge Costa, que arrancou palmas na plateia (ao invés da primeira afirmação), referiuse a uma “derrota histórica da direita”. Mais tarde, Costa salientou que houve uma “demonstração de que o país não quer voltar à austeridade”. Antecipando perguntas de jornalistas e depois respondendo a elas, o director de campanha do BE disse ser ainda prematuro traçar qualquer cenário, na falta de dados fiáveis sobre a “composição” e “relação de forças” no futuro Parlamento. “Vamos aguardar com calma a contagem e o papel [que caberá] a cada força política”. “Atenção ao triunfalismo!” Até ao fecho desta edição ainda não havia um pronunciamento do líder do maior partido da Oposição, o PSD, Rui Rio.

Mas o vicepresidente do PSD (Partido Social Democrata) reconheceu a vitória do PS e saudou os socialistas pelo resultado das urnas. David Justino lembrou que as margens entre os resultados mínimos e máximos de cada um poderiamm merecer leituras diferentes. E deixou um aviso aos socialistas: “O excesso de triunfalismo pode ser pouco avisado”, disse. Mas o social-democrata começou depois a ensaiar, segundo o EXPRESSO, aquela que seria a narrativa do PSD na noite eleitoral. Se tivesse um resultado próximo dos 24% seria uma derrota assumida. Se se aproximasse dos 30%, a direcção de Rui Rio venderia o número como uma pequena vitória. “Se a votação do PS se aproximar dos 34% terá uma pequena vitória, se se aproximar mais dos 40% terá uma grande vitória.

No PSD 24% não nos recompensa. Se nos aproximarmos mais de 31% é algo que nos deixa algo reconhecidos pela vontade expressa do eleitorado”, sublinhou David Justino. “Será o copo meio cheio ou meio vazio que o PSD servirá esta noite”, disse o jornal.