PIIM desprende mais de KZ mil milhões para projectos em Masango

Por: Miguel José, em Malanje

Falando a OPAÍS, o administrador do município de Masango, Luís João José, expôs que dos seis projectos favorecidos pelo PIIM, cerca de 50 por cento do orçamento disponibilizado, correspondente a 539 milhões/Akz, está descrito para a terraplanagem de 140 quilómetros de dois troços viários que ligam a sede municipal às sedes comunais de Kihuhu e Kinguengue, incluindo a reabilitação de 10 pontes e pontecos.

Para a construção de duas escolas com 17 salas, está estipulado o montante de Kz 300 milhões; para a construção do posto médico do tipo A, o valor fixado é de Kz 190 milhões; ao passo que a construção do sistema de captação de água para a comuna de Kinguengue tem o quinhão de Kz 59 milhões.

Luís João José garantiu que o início das obras está indicado para o primeiro trimestre de 2020, mas por enquanto está em forja a preparação das peças contratuais, segundo as normas de contratação, e tão logo o processo estiver formalizado, seguir-se-ão os concursos públicos para a selecção e aprovação dos candidatos à empreitada.

Em face das carências sociais de que aquela circunscrição administrativa padece, o administrador municipal considera que as obras a serem implementadas no plano do PIIM vão ajudar a mitigar os problemas da população, já que as fontes de arrecadação de receitas, por serem escassas, não permitem a realização de acções de âmbito social. “A nossa administração no ano transacto arrecadou, apenas, um valor pouco acima de Kz 400 mil, das receitas resultantes de emolumentos dos serviços administrativos”, desconsiderou.

Transferência das competências O alto responsável do município de Masango considera que só com a transferência das competências dos governos provinciais para as administrações locais muitos problemas que afectam a vida dos munícipes poderão ser resolvidos à sua medida. Tomando como referência as vias secundárias e terciárias, que passarão para a responsabilidade das administrações municipais, sublinhou que isso vai munir o seu município de capacidade técnica e meios de intervenção capazes de, circunstancialmente, solucionar a circulação das pessoas, vai garantir o circuito mercantil e projectar o desenvolvimento económico.

Ainda assim, apesar das dificuldades vigentes, João José acredita que a circunscrição do ex-Forte República possui um potencial enorme que lhe garante a auto-sustentação. Porém, observa a necessidade de dotar os recursos humanos de capacidade técnica suficiente para a operacionalização de outros recursos que abonam a economia e dão sustentabilidade a estrutura social do município. “Eu, pelo menos, com toda sinceridade, se tivermos em conta que autarquia pressupõe autonomia local, o meu município tem potencialidade para a auto-sustentação”, afirmou. Masango (antigo Forte República) é um município que se situa a Norte da sede capital da província de Malanje, conta com um espaço territorial de 7 899 km², tem cerca de 40 mil habitantes, dista 252 quilómetros da sede capital.

É limitado a Norte pelos municípios de Sanza Pombo (Uíge), a Este pela República Democrática do Congo (RDC), a Sul pelo município de Marimba e a Oeste pelo município de Kalandula. A sua gente dedica-se principalmente à actividade agrícola, com destaque à produção de amendoim e madeira.