Vinte e oito mil enfermeiros exercem ilegalmente em Angola

Vinte e oito mil enfermeiros exercem ilegalmente em Angola

Vinte e oito mil enfermeiros exercem ilegalmente a profissão no país, informou, ontem, em Ndalatando, Cuanza-Norte, a vice-presidente da Ordem dos Enfermeiros de Angola (Ordenfa), Ana Maria Pascoal. Ana Maria Pascoal prestou tal informação à Angop no termo da Assembleia de renovação de mandatos do Conselho Provincial da Ordenfa do Cuanza-Norte, que reconduziu, para mais um mandato de cinco anos, o enfermeiro José Huote Quibulucuto. Disse que estão inscritos 66 mil enfermeiros na ordem para a obtenção de carteira profissional, mas apenas 37 mil estão habilitados para o exercício da profissão. Esclareceu que os demais não possuem título profissional devido a irregularidades detectadas nos seus documentos de habilitações e nalguns casos por negligência dos próprios profissionais que não recorrem à instituição para efeitos de licenciamento.

A Ordenfa impõe como requisito aos candidatos a obtenção da carteira profissional de enfermeiro, a apresentação de certificado de habilitações/curso emitido e reconhecido por instituições académicas idóneas, conhecimento prático de enfermagem, entre outros.

Sem precisar números, Ana Maria precisou que em função desta exigência têm sido detectados muitos certificados duvidosos de supostos profissionais de saúde e que ao serem convocados para aferirem a autenticidade do documento simplesmente furtam-se ao chamamento, condicionando assim a atribuição da carteira. Ana Maria Pascoal mostrou-se preocupada com o fraco acompanhamento dos alunos estagiários de cursos de enfermagem nas unidades sanitárias do país, para a realização de práticas curriculares, comprometendo, deste modo, a qualidade dos aspirantes a profissão.

Admitiu que o fraco acompanhamento dos estagiários resulta do elevado número de estagiários que acorrem às unidades sanitárias para a prática de enfermagem. A formação dos profissionais, actualização de carreiras profissionais, o melhoramento salarial, das condições laborais e sociais, segundo a responsável, afiguram-se entre os principais desafios da Ordenfa. A província do Cuanza-Norte tem 812 enfermeiros dos quais 700 inscritos na Ordem